Estamos vivendo dias de angústia e voracidade nunca antes visto no planeta. É um atropelo só para se chegar sabe lá aonde. Uma loucura generalizada e cada vez mais feroz na medida em que a informática se aprimora. Por outro lado, há coisas encravadas, estáticas e emperradas que contrastam em tudo com este momento alucinante da vida.

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No futebol não é diferente. O episódio da "Taça das Bolinhas" e a maquiavélica intromissão da CBF no Clube dos 13, são fatos ridículos. Uma rede de intrigas que nos deixa, torcedores e imprensa, perplexos.

Ao mesmo tempo, calendários desumanos, estádios precários e campos esburacados massacram o planejamento de profissionais que trabalham com seriedade e competência nos clubes. É muito triste.

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Confesso que ficaria feliz se esse ciclone político-social que hoje varre ditadores do mundo árabe soprasse para os nossos trópicos. Talvez os tiranos do futebol abrissem as portas para a democracia no mundo da bola. Tenho esperança, pois os senhores dos anéis estão agora no olho do furacão e na linha de tiro dos clubes oprimidos.

Não há outra saída para os cartolas que presidem entidades esportivas senão adaptarem-se aos novos tempos. A ocupação de seus tronos deve ser, quando muito, equivalente ao tempo de vida e morte de uma mosca, e não ao viscoso e quase eterno rastejar de uma lesma anestesiada.

Premiação

Depois da rodada de amanhã, quando acaba o primeiro seriado que já antecipou a taça para o Coritiba, sairemos do campo para assistir na tela à premiação do Oscar, desde Hollywood.

Lá, a estatueta significa muito. Garante bilheteria e contratos milionários para atores e afins. Por aqui nem tanto. Mas, justiça se faça, uma homenagem simbólica é, no mínimo, um dever. Posso destacar entre uma pipoca e outra, três personagens de um filme que ainda não acabou:

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Criativo, Vilson Ribeiro de Andrade leva a estatueta de melhor diretor, pela bravura indômita com a qual refundou o Coritiba, ampliando sua rede social para 22 mil pagantes.

Dentro de campo – como a origem de todo o esquema foi traçado por Ney Franco – é Marcelo Oliveira quem ganha o prêmio de roteiro adaptado, pois neste primeiro turno, de fato, foi ele o vencedor.

E em nome dos ganhadores fica escalado o protagonista e astro principal desta etapa para fazer o discurso do rei: Léo Gago.

Que mal lhe pergunte:

Alguém se lembra dos "Jogos Mundiais da Natureza"? Al­­guém se lembra que Juan Sa­­maranch, na época presidente do COI, esteve em Foz do Iguaçu e prometeu oficializá-lo dentro do calendário olímpico? Então, por que parou, parou por quê? E por que começou, começou por quê?

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