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 | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Nenhum clube do estado vem respeitando o direito de arena dos jogadores. Conforme o Sindicato dos Atletas, todo boleiro deveria receber essa remuneração (5% do valor bruto pago pela televisão, repassado de acordo com a participação em campo). "Alguns profissionais têm nos procurado reclamando dessa situação. Mas precisamos da assinatura de pelo menos 50% de cada elenco para cobrar na Justiça", lamenta Nivaldo Carneiro, presidente do Sindicato.

Luta de classe

Nivaldo diz que os atletas procuram informalmente o Sindicato, porém não demonstram coragem de bater de frente com os empregadores. "É complicado. Eles preferem agir só depois que deixam o clube. Outros perdem o dinheiro mesmo." Mesmo assim, Nivaldo, ex-jogador, reforça que o Sindicato só deve brigar se for a vontade dos filiados.

Zele pelo artigo 9º (foto)

O Atlético parece não confiar mesmo na Federação Paranaense de Futebol e tampouco no Tribunal de Justiça Desportiva do estado. Escaldado com punições por mau comportamento da sua torcida, o clube fez um apelo contra atos impensados do público que poderiam tirar o supermando (benefício dado por equívoco no regulamento) no tapetão.

Pagar para jogar

Em 117 jogos do Campeonato Paranaense, um número assusta: 32 jogos terminaram com déficit de bilheteira. Ou seja: 27% das partidas deixaram os clubes no vermelho. Nacional e Iraty, com 240 pagantes, foi o campeão do prejuízo – o clube mandante ficou devendo R$ 3.378,00 para realizar o embate. O time de Rolândia (10 duelos em casa) e o J. Malucelli (anfitrião 8 vezes) fizeram cinco jogos cada com saldo negativo.

Melhor que nada

Já que o Campeonato Paranaense é uma aventura financeira, um jogo com lucro merece menção honrosa. Iguaçu e Engenheiro Beltrão, com 660 pagantes, teve um lucro de R$ 5,00 (isso mesmo: cinco reais).

Salário em baixa

A crise não vê currículo. Exemplo disso é o meia paranaense Perdigão. Após ganhar o Mundial (com o Inter) e a Série B (no Corinthians), o jogador agora amarga o ostracismo. Sem clube desde que deixou o Timão, em dezembro, o atleta paranaense é o melhor exemplo da depreciação de mercado. "Nunca mais ele vai ganhar os R$ 100 contos (mil) que levava no Corinthians", admite o agente Ricardo Ruchinsque.

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