O Coritiba, 99 anos hoje, já fez três grandes investimentos nesta temporada: US$ 1,3 milhão na compra de 80% dos direitos econômicos do argentino Ariel Nahuelpan; R$ 750 mil na aquisição de um terreno em Quatro Barras para a construção de um centro de treinamento; e R$ 570 mil para ter 70% dos direitos econômicos de Carlinhos Paraíba. Para tanto, especula-se que o clube fez dois empréstimos bancários – sem imaginar a súbita alta do dólar. "Todo mundo opera com bancos", alega Francisco Araújo, o homem forte das finanças do Coxa. Mas o que pesa nos cofres alviverdes é o pagamento parcelado da dívida (R$ 9 milhões) ao ex-presidente Sérgio Prosdócimo: cerca de R$ 80 mil por mês, além de 10% nas possíveis grandes negociações.

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K9, $ e crise

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O baque financeiro e a crise mundial não preocupam os agentes do atacante coxa-branca Keirrison, que pode assinar um pré-contrato já no fim deste mês com outro clube. De acordo com os proprietários da Mais Sports Brazil (MSB), empresa responsável pela carreira do K9, "jogador de qualidade não sofrerá com a derrocada do mercado."

À espera

Para Marcos Malaquias, um dos sócios da Mais Brasil, apenas em novembro e dezembro – perto da janela de transferência internacional – haverá um sinal sobre a possível depreciação dos jogadores em decorrência da retração econômica internacional. "Se isso de fato ocorrer, estaremos adequados", garante, sem temer uma (quase certa) desvalorização de Keirrison.

Às compras

Sobre os jogadores que estão atuando no Velho Mundo, ainda mais próximos dos reflexos da crise, a MSB os aconselham a tirar proveito da crise. Henrique (Bayer Leverkusen) e Rafinha (Schalke 04), diante da súbita desvalorização do real, foram orientados a comprar imóveis no Brasil.

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Aperte o cinto

De acordo com Amir Somoggi, professor de marketing e gestão no esporte, a crise econômica terá reflexos até mesmo nos patrocínios de camisa dos clubes – sem ressalvas. "Quem estampa a marca de uma empresa nacional também não está imune. É o caso do Coritiba com a Positivo Informática. A empresa é brasileira, mas monta os seus computadores com peças importadas e a variação cambial afeta o custo", alerta o especialista.

Apesar de você

A Traffic, fundo de investimento paulista que contratou alguns dos principais jogadores do futebol paranaense, está prestes a se aproximar do Coritiba. A empresa vai cuidar de toda a área de marketing dos projetos da empreiteira W Torre, que vem conversando com o Coxa para tratar do futuro Couto Pereira. Vale lembrar: as relações entre o Coxa e a Traffic ficaram estremecidas após o assédio sobre Keirrison.

"Outro nível"

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Na próxima sexta-feira, os clubes irão definir a tabela do Paranaense-09. A Federação Paranaense de Futebol já consultou o engenheiro joinvilense Horácio Wendel para evitar distorções. Especialista no assunto (organizou a ordem dos jogos nos Brasileiros de 2001, 2002 e 2003), ele parece otimista com o futuro do Estadual. "Fui muito bem atendido (na FPF). Agora é bem diferente. Antes, havia uma cambada lá dentro. Outro nível."

"O pior"

Horácio Wendel, 58 anos, tentou no ano passado ajustar o campeonato regional, mas sua proposta foi rejeitada pela gestão Onaireves Moura. "Foi o pior torneio do mundo aquele. Em 120 jogos, havia 77 erros", garante o engenheiro de Joinville. Para chegar a essa conta, ele contabiliza, por exemplo, a "parcialidade clubística". Só para lembrar, o Paraná chegou a reclamar formalmente que pegou bem mais estrada que os rivais, especialmente o Atlético.

Ele vive?

Em meio à conturbada candidatura curitibana para a Copa 2014, o Pinheirão segue abandonado, interditado pela 18ª Vara Cível há um ano e cinco meses. Porém, a obra que marcou a administração Onaireves Moura parece ainda esperar o canto do cisne. O advogado da Federação, Juliano Tetto, garante que há novidade sobre o estádio, mas "não está autorizado a dizê-la". Já o presidente da entidade, Hélio Cury, garante que não há nada de novo.

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Roupa lavada

Na reunião entre os jogadores do Atlético, terça-feira, no CT do Caju, Rafael Moura tomou a popular "prensa" dos colegas – prometida já depois do jogo do Chivas, mas forçadamente adiada com o atacante no departamento médico. Na conversa, o He-Man ouviu que estava indo longe demais para quem mal chegou no clube e que nenhum tipo de crítica entre os atletas deve ser feita em público.

Colaboraram Carlos Eduardo Vicelli, Robson De Lazzari e André Pugliesi.