Se vocês estivessem me contratando para fazer comida, dar uniforme para os jogadores, eu estaria preocupado. Mas já que é pra fazer gol, fica tranquilo.
Árbitro dos pesadelos de 11 entre 10 atleticanos, Héber Roberto Lopes vai ajudar o Furacão a manter o seu principal jogador em campo. Na quinta-feira (11), Héber foi ao Pleno do STJD se defender de um recurso do TJD de Santa Catarina, que queria puni-lo por trocar ofensas com um diretor da Chapecoense, em jogo contra o Criciúma. Em sua defesa, o árbitro admitiu que se excedeu, mas que há um linguajar todo próprio do campo de futebol que deve ser levado em consideração. Por unanimidade, os auditores decidiram absolver Héber, que poderia pegar até 180 dias de suspensão, para apenas adverti-lo.
Serve para o Walter
Presente no julgamento, o advogado Domingos Moro avisou imediatamente que usará o depoimento de Héber – arrancando risos dos auditores. A referência era à defesa do atacante Walter, no Atlético. Na segunda-feira (8), o jogador rubro-negro foi apenas advertido pela expulsão contra o Atlético-MG, por ofensas ao conjunto de arbitragem. A procuradoria do STJD irá recorrer. E Moro usará o caso de Héber para manter a punição apenas verbal.
Escolinha do Corrêa
O presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa, estará dentro de alguns dias no CT do Caju. O Atlético solicitou sua presença para uma palestra sobre a recomendação aos árbitros de tolerância zero com reclamações – exatamente o motivo da punição a Walter.
O respeito voltou
O plano para coibir as reclamações é chamado pela Comissão de “Cruzada pelo Respeito”. O termo inclusive é o título da apresentação em Power Point que Corrêa faz aos clubes.
Desproporcional
A apresentação defende a aplicação de cartão amarelo para quem comemorar gol com a torcida – caso de Douglas Coutinho na vitória do Atlético sobre o Galo. Para bancar a necessidade da punição, Corrêa compara cenas da comemoração na Arena com uma imagem de torcedores esmagados na grade do Estádio de Hillsborough, em Sheffield, durante a tragédia que matou 96 torcedores do Liverpool na semifinal da Copa da Inglaterra de 1989, contra o Nottingham Forrest.
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