Em missão oficial (leia-se com despesas pagas pela Câmara Municipal), os vereadores da Comissão da Copa do Mundo estarão esta semana no Rio de Janeiro participando de um seminário promovido pela CBF. Mário Celso (PSB, presidente), Pedro Paulo (PT, relator) e Algaci Túlio (PMDB, membro) são os enviados especiais. Na quarta-feira, Curitiba terá um painel no evento, que será realizado em um hotel cinco estrelas na Barra da Tijuca.
Mais políticos
A Assembleia Legislativa também montou essa semana uma comissão 2014. Osmar Bertoldi (DEM), Luiz Claudio Romanelli (PMDB), Reni Pereira (PSB), Cida Borgheti (PP), Ademar Traiano (PSDB), Elton Welter (PT) e Neivo Beraldin (PDT) são os deputados à frente do processo. O grupo, ao contrário dos vereadores, não vai ao congresso no Rio.
Apoio da AL
De acordo com Bertoldi, presidente da comissão de deputados, a composição política multipartidária denota uma tendência amigável à competição. Na pauta dos legisladores, em um primeiro momento, consta: 1) Facilitar a liberação de recursos; 2) Montar uma agenda positiva para acompanhar as obras; 3) Agilizar os pedidos de isenção fiscal e tributária à Fifa.
Trupe local
O seminário da CBF terá a presença, além de Ricardo Teixeira, do ministro Orlando Silva. Curitiba será representada pelo secretário Luís de Carvalho e a engenheira Suzana Lins Afonso da Costa (ambos da prefeitura). Também viaja o vice-governador Orlando Pessutti. Há ainda dois indicados do Atlético, o arquiteto Carlos Arcos e o engenheiro Flávio Vaz.
Jogou onde?
Pessuti está em sintonia fina com os cartolas. Logo que chegou das Bahamas, o vice de Requião soltou: "Depois de Pelé, João Havelange é o desportista brasileiro mais conhecido do mundo". O político, ao lado da esposa, disse que foi convidado vip de Ricardo Teixeira para acompanhar o Congresso da Fifa, em Nassau.
Eu acredito
O curitibano parece otimista com a capacidade brasileira em abrigar a Copa. Pesquisa da TNS Sport Brasil (4.159 entrevistas em 17 capitais) mostra que os moradores da capital paranaense (73,7% acreditam) só perdem em empolgação entre as 12 subsedes para Recife (74,1%), Rio de Janeiro (74,3%), Fortaleza (75,9%) e Manaus (83,6%).
Causa nobre
O Instituto Brasil e África (Ibaf) também espera colher frutos com a Copa 2014. De acordo com Saul Dorval da Silva, presidente da entidade, Curitiba vai fazer de tudo para sair na frente na luta contra o racismo no futebol. Ele articula com a CBF e políticos para a cidade abrigar em novembro um simpósio sobre o assunto.
Cidade-sede
Curitiba é tida por Silva como a localidade ideal para o debate. "Aqui até pai de santo é branco", diz. "Preto velho é polaco velho", segue. "Por isso, o impacto de fazer aqui seria muito maior." O Ibaf já pediu apoio ao comitê local para 2014, além da prefeitura. "O racismo é geral no Brasil: contra negro, idoso, mulher solteira...", fecha.
Base de tudo...
Aramis Tissot, primeiro presidente do Paraná em entrevista ao site paranistas.com.br faz uma revelação sobre o acerto com os empresários da BASE e a formação de atletas. "O contrato era muito ruim. Não era viável para o clube, que acabava sendo prejudicado. Ocorreu uma mudança, mas o que foi assinado eu não vi, pois até hoje não foi encaminhado ao conselho", disse.
...Tudo da base
Tissot fez outra crítica. "Nós gastamos no ano passado R$ 120 mil por mês com as categorias de base. Foi feita a parceria e hoje o clube gasta quase o dobro disso. Tudo porque o Paraná é obrigado a pagar 50% das despesas. Se com a nova infraestrutura, paga totalmente pela BASE, o custo mensal subiu para R$ 400 mil, o clube paga R$ 200 mil".
Falta estrutura
Sem espaço suficiente para os jornalistas no jogo com o Inter, o Coritiba teve de improvisar. Colocou a imprensa escrita nas sociais do Couto Pereira. Algumas rádios amargaram a mesma situação. Como havia cinco transmissões ao vivo da partida, câmeras tiveram de ficar no pequeno espaço dos repórteres. Para piorar, a internet sem fio sucumbiu.
Imperador árabe
Kamali ficou no banco contra o Flamengo por sugestão do marketing atleticano. Houve até uma tentativa (fra cassada) de fazer o estrangeiro cumprimentar Adriano no Maracanã.
Homenagem
Hélio Alves morreu há uma semana, aos 83 anos. Em abril do ano passado falou pela última vez à Gazeta do Povo. Disse o Feiticeiro: "Costumava prestar atenção nos jogadores. Quando via algo de errado, agia rápido. Lembrava da família e fazia a moçada chorar no vestiário. Os atletas se motivavam dessa maneira."
Colaboraram Carlos Eduardo Vicelli, Marcio Reinecken e Robson De Lazzari
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Personagem
"Queremos o bolo, não a cereja" (foto 2)
Marcos Hauer, vice-presidente do Coritiba
Marcos Hauer, dirigente responsável pelo projeto de construção de um novo estádio para o Coritiba, voltou recentemente da África do Sul, onde tentou amarrar contatos e parceiros para reerguer o projeto. Mostra-se otimista com a conversa inicial junto aos britânicos da IVC (Intelligent Venue Solution) empreendedora responsável pelas obras de quatro estádios no Mundial de 2010, inclusive o da abertura e final.
Deu resultado a viagem à África do Sul?
Veja bem, foi interessante. Vamos ver se colhemos os frutos agora. A empresa, inclusive, deve vir a Curitiba nos próximos dias para conhecer melhor a nossa estrutura e também a da cidade.
Por que o novo Couto não sai do papel?
Perdemos um ano com o acordo de intenções com a W/Torre. Nosso acerto com essa empresa não está totalmente morto, mas desgostoso. Essa maldita crise de liquidez atingiu meio mundo e com a W/Torre, eu acredito, não foi diferente.
A prefeitura boicotou o projeto?
Eu digo a verdade nua e crua. Tem gente que prefere dissimular. O problema é a crise. Não tem outro. Não posso culpar o Beto Richa, muito pelo contrário.
Mas a torcida protestou contra o prefeito?
Não foi justo. Por enquanto...
O Atlético vai fechar a Arena para terminar as obras da Copa. O sr. foi contra o empréstimo do Couto para o rival...
Não, não... Disse que o Coritiba preferia jogar em um estádio da suburbana com os portões fechados do que na Arena. Mas hoje a coisa mudou. O relacionamento dos clubes é muito bom. Se a torcida concordar, nada contra o Coritiba jogar na Baixada e o Atlético no Alto da Glória.
Não há mais como lutar pelo Couto Pereira em 2014?
A Copa seria a cereja, a framboesa ou amora do bolo. Mas não é o bolo. Nossa preocupação é com o patrimônio do Coritiba e sua revitalização.
O Coritiba desiste então da "cereja"?
Deixa acontecer. Se tiver a cereja, o bolo vai ser ainda mais saboroso.
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