O comunicado do Atlético impondo restrições ao trabalho da imprensa no CT do Caju rapidamente ganhou um apelido entre os setoristas do clube: AI-5, em referência ao ato institucional que decretou a censura aos meios de comunicação durante a ditadura.

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Mente fértil – Impedidos de assistir aos treinamentos, os repórteres têm dado asas à imaginação enquanto aguardam os jogadores indicados para dar entrevista. Um dos passatempos preferidos é bolar formas mirabolantes de entrar no CT, como todos se vestirem de pedreiro e subirem em um caminhão de obra, se camuflar entre as árvores e se esconder no porta-mala do carro de algum jogador.

Fora de área – Os jogadores, por sinal, já encontraram uma maneira de escapar de algum pedido de entrevista na saída do CT. Todos passam pela portaria do clube dirigindo e "falando" ao telefone celular.

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Chacota – Nos rivais, as restrições viraram motivo de piada. O técnico do Paraná, Luiz Carlos Barbieri, brincou com os setoristas que só dará entrevista em abril. "Aqui é esquema Matthäus", disse.

Telecatch – Os funcionários do Hotel Rayon descobriram uma nova diversão: assistir às imagens da briga entre o técnico Matthäus e um fotógrafo, há pouco mais de uma semana, captadas pelo circuito interno de tevê do estabelecimento.Forrest Gump – Um repórter da revista Placar esteve esta semana na Vila Capanema em busca de histórias sobre o técnico Paulo Campos, atualmente no Fluminense. Voltou para o Rio com o caderno cheio de passagens divertidas, contadas por jogadores, dirigentes e funcionários do clube.

Causo – Uma das melhores se passou em Campinas, no jogo entre Guarani e Paraná, pelo Brasileiro 04. A partida estava 0 a 0 até Paulo Campos mexer no time e o Tricolor voltar do Brinco de Ouro com uma derrota. No vestiário, o treinador dava chutes na parede e tapas no próprio rosto gritando "Seu burro" e "Se eu fosse diretor, te mandava embora" para si mesmo.

Cornetada – Um radialista que cobre o Coritiba não se conteve diante da notícia da confecção de uma camisa preta como uniforme número 3 do clube. Passou a mão no telefone e ligou para o supervisor Odivonsir Frega, questionando se ele lembrava qual tinha sido a última vez que o Coxa vestiu preto para jogar. Diante da resposta negativa, emendou: "No enterro do Couto Pereira."

Privilégio – Em pouco mais de uma semana no Coritiba, Estevam Soares conseguiu algo que seu antecessor, Márcio Araújo, tentou várias vezes, sem sucesso: treinar no Couto Pereira. A desculpa sempre era preservar o gramado, reformado em 2005. Só nesta semana o time treinou duas vezes no estádio.

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