Número mascarado

As rádios de Cascavel e o serviço de alto-falante do Estádio Olímpico noticiaram como a renda bruta de Coritiba x Santos a quantia de R$ 596.500. O público total divulgado pelas mesmas fontes foi 17.250 pagantes (20.768 no total). Ocorre que o borderô oficial, no site da CBF, fornecido pelo Coxa e a Fe­­deração Paranaense de Futebol (FPF), apresenta outros números. No documento, a arrecadação foi de R$ 429.340 – ou seja, R$ 167.160 a menos do número extraoficial. Dessa feita, apenas 12.385 torcedores teriam desembolsado o valor do ingresso.

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2 + 2 = 5

O vice de finanças do Coritiba, Francisco Araújo, disse que "ouviu falar em ingresso falso" em Cascavel. Chegou-se a encontrar cópias grotescas da entrada. Porém, isso não explicaria o déficit na arrecadação oficial – e sim uma possível evasão na renda.

Viu de mais

Por fim, a assessoria de imprensa do Coxa detectou que o erro foi do tesoureiro da FPF. Ele teria se precipitado ao calcular a venda total dos ingressos (17.250). Segundo o clube, houve sim um encalhe de 4.865 bilhetes. A FPF se limita a afirmar que não há nada errado.

Antigripe

A CBF solicitou ao Coritiba todos os dados sobre a partida com o Santos e a exigência judicial da distribuição de máscaras cirúrgicas aos torcedores. A entidade, que organiza o Brasileiro, teme que isso se torne uma tendência, com algum ônus futuro para os seus cofres.

Sem chance

Caso a Justiça determinasse que a partida em Cascavel fosse com os portões fechados, como queria o Ministério Público para evitar a disseminação da gripe A, o Alviverde tinha o aval da CBF para ime­diatamente suspender a realização do evento.

Sinal amarelo...

As divergências políticas entre estado e prefeitura, o desinteresse do governo Requião e a hesitação do Atlético colocaram em suspense a presença de Curitiba na Copa-2014. A cidade é tida por gente graúda em Brasília como "problemática".

...Sinal vermelho

No cenário local, questiona-se a falta de presença política do Atlético. Ao contrário do ocorrido na gestão Mário Celso Petraglia, o clube não se mobilizou para conquistar o poder público. MCP, coroado por fãs como "visionário da Copa", acompanha tudo na espreita

Atletiba retrô

No próximo domingo, em Prudentópolis, no Estádio New­­ton Agibert, às 15 horas, ha­­verá um Atletiba de veteranos. A ideia partiu do ex-lateral atle­­ticano Gune. O evento é be­­neficente – 1 kg de alimento não perecível na entrada.

As atrações

Para o clássico master de Prudentópolis, devem jogar, entre outros: Paulo Rink, Leomar, Ricardo Pinto e

Alex Lopes (Atlético); Tostão, Jairo, Amarildo, Vavá, Pachequinho e Tobi (Coritiba). "O juiz vai ser o Margarida", avisa Gune.

Sem pânico

Devido à gripe A, a FPF cancelou o Estadual sub-20, que co­­me­­ça­­ria no sábado, com a tese da pre­­cau­­ção. Porém, os juniores do Pa­­raná entram em campo hoje, às 15h30, para entregar a faixa de campeão da Segundona ao Serrano, em Prudentópolis.

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Felipe Francisco Tuon, médico infectologista de Curitiba.

Como o sr. avalia a exigência de máscara de proteção no jogo Coritiba x Santos?

Trata-se de uma questão controversa. Olha, para pessoas com problemas respiratórias ou com sintomas, vale a pena. Caso contrário, acho exagero. Apesar de o estádio de futebol ser um lugar com aglomeração, pessoas berrando, saliva para todo lado... Agora, importante é dizer que a proliferação da gripe A ocorre especialmente pelas mãos. Ou seja: estão valorizando demais o uso da máscara.

Então não foi uma medida acertada da Justiça?

Deveriam valorizar mais a higienização das mãos, assim como reforçar a orientação, colocar cartazes ou até disponibilizar as máscaras apenas para aqueles que apresentam algum risco. Considero uma medida desesperadora e sem utilidade. Diante desse receio, melhor seria cancelar a partida.

É recomendável ir ao estádio neste momento?

Não devem ir ao estádio pessoas que apresentam sintomas, assim como os grupos de risco: idosos, menores de cinco anos e gestantes. Se a pessoa se enquadra em um desses, mas é fanático, use a máscara de forma adequada. É importante dizer que os jovens só são os mais infectados porque ficam mais expostos.

Colaborou Robson De Lazzari