O lobby

A tese de dinheiro público para concluir a Arena cresce em progressão geométrica entre os políticos envolvidos com a Copa-2014 em Curitiba. Entre as hipóteses levantadas, não se esconde o desejo de o estado ou o município emprestar a verba do governo federal e repassá-la ao Atlético. Detalhe: o clube avisou de antemão que não irá assumir dívidas para deixar o estádio dentro das exigências da Fifa.A fraseDo vereador curitibano Mário Celso Cunha (PSB): "O impasse é o seguinte: sem estádio pode não haver Copa em Curitiba e, por causa de R$ 100 milhões (para concluir a Arena), ficamos sem os R$ 2,4 bilhões do PAC da Mobilidade."

Plano B

Outra saída para concluir o Joaquim Américo seria a apro­­va­­ção do Projeto de Lei do de­­putado Beto Albuquerque (PSB-RS), ligado ao Interna­­cional, outro clube envolvido no Mun­­dial. A norma, em ritmo acele­­rado para ser aprovada, prevê crédito fiscal para quem investir nas arenas para o Mundial.

É a dança...

O G9, o Conselho Administrativo do Coritiba, tem mudanças alinhavadas para a eleição de dezembro, quando três integrantes passam o bastão para outros dirigentes. Eduardo Jaime, Homero Halila e Ricardo Gomyde deixam os cargos – os dois primeiros após sofrer desgaste interno.

... Das cadeiras

Gustavo Hauer e André Macias são nomes certos para entrar no seleto time de dirigentes do Coxa. Christian Gaziri e Pierre Boulos podem ocupar a terceira cadeira vaga. O pleito envolve apenas os 180 conselheiros do clube, 120 desses integrantes da chapa do presidente Jair Cirino, eleita no fim de 2008.

Pausa política

O Banco Central confirmou as irregularidades envolvendo o BMG, patrocinador do Coritiba e possível investidor do clube, no esquema do ‘mensalão’. A insti­­tuição financeira, ao lado do Ban­­co Rural, foi condenada por ter concedido crédito "em de­­sacordo com os princípios de seletividade, garantia e liquidez." Cabe recurso.

O rascunho

Pelo projeto do engenheiro de Joinville, os estaduais teriam 14 datas, voltariam os torneios re­­gionais (10 datas). A Copa do Brasil teria 32 clubes, não mais 64 (também 10 datas). O Brasilei­­rão começaria em agosto, com 34 rodadas, apenas com jogos no fim de semana, e 18 equipes.

Para recordar

Wendel considerava o Paranaense, que terminou com o rolo do supermando, "o pior campeonato do mundo". Pediu R$ 18 mil para ajustar a tabela, além de um contrato para organizar o torneio por três temporadas. Acharam caro.

Aqui, não

O engenheiro mecânico Horácio Nelson Wendel, que tentou de todas as formas emplacar a fórmula de disputa no Campeonato Paranaense, fez o esboço do calendário unificado ao Ministério do Esporte. A ideia já está na mesa do presidente Lula.

11/11

Os aliados de Aurival Correia querem vê-lo batendo chapa com Aramis Tissot. O grupo de situação, apesar do ainda reti­­cente presiden­­te paranista não confirmar presen­­ça no pleito de novembro, teme pela saúde fi­­nanceira do clube – caso Tissot seja candidato único. O grupo de oposição tem a fama de gastar mal.

Todos juntos

No entendimento da FPF, a alteração no regulamento (a princípio, em ofensa a Lei Pelé) seria feita através de uma ação coletiva dos clubes no Tribunal de Justiça Desportiva. A entidade diz ter a "unanimidade" entre os participantes.

Superfalha

A Federação Paranaense de Fute­­bol, enfim, começou a traba­­lhar nos bastidores para salvar o cam­­peo­­nato estadual de 2010. Os clu­­bes estão assinando procurações para a entidade pôr fim ao super­­mando (time de melhor campanha só joga em casa).

Porém...

Para Paulo Guedes, advogado e dirigente do Serrano, a medida tem tudo para ser eficaz, mas ele não descarta um perigo: a possibilidade de torcedores se rebelarem contra a medida na Justiça Comum.

Colaboraram Ângelo Binder e André Gonçalves.

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Personagem (foto acima)

Dida, campeão mundial júnior em 1985.

O Mundial sub-20 começa hoje para a seleção brasileira. Uma rara chance de brilhar precocemente com a camisa do país. Sensação vivida pelo ex-lateral Dida há 24 anos, na edição da Rússia, em 1985.

Quais as principais lembranças que você tem daquele título?

Foi algo muito interessante para mim, sabe. Além da festa pela conquista, lembro do corte do Romário, algo que foi muito polêmico. Tínhamos uma geração de ouro, com Müller, Taffarel...

Como foi o corte do Romário?

Ele andou tumultuando no hotel, jogando umas coisas para baixo (teria urinado na cabeça de hóspedes). Mas sabe, ele foi cortado antes disso até. Fizemos uma reunião – eu, Luís Carlos, o capitão, e o Silas – com o Gílson Nunes (técnico) e falamos: ‘Ele é artilheiro. Se não for titular, vai tu­­multuar o ambiente’. Como seria reserva, ficou de fora.

Quais as principais diferenças do torneio hoje e na sua época?

Muita coisa. O pessoal da minha geração, por exemplo, nem conhecia a Europa. Muitos, acredito, nem sequer tinham viajado tanto tempo de avião. Hoje, o assédio é grande. Além disso, muitos garotos disputam o Mundial com a situação financeira resolvida.

A sua história seria diferente hoje?

Com certeza. Eu era campeão sul-americano, campeão brasileiro (pelo Coritiba) e campeão mundial. Depois, fui convocado para a Copa de 86 (aca­­bou ficando fora do grupo que foi ao México). Certamente, teria feito um bom contrato na Europa. Mas foi legal minha trajetória. Deixei o Coritiba e fui para o Corinthians.

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Sósias

Pitanguense e Olaria, clubes amadores registrados na FPF, não se destacam pela criati­­­vidade. Os escudos dos dois clu­­bes são livremente inspirados na dupla Atletiba.

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O vídeo

O árbitro suíço Massimo Busacca, que apitou a última final da Liga dos Campeões, perdeu o emocional mesmo. Dois dias após receber três jogos de suspensão por mostrar o dedo médio à torcida durante o jogo FC Baden e Young Boys, pela Taça da Suíça, ele teria urinado em campo durante o duelo entre o Al-Gharrafa e o Al-Khor. O vídeo, que não é totalmente esclarecedor, contém imagens de uma televisão local.

http://tinyurl.com/juizurinando