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Os torcedores do Atlé­­ti­­co que forem ao Jan­­gui­­to Malucelli, amanhã à tarde, terão re­­ser­­­­vado desgosto muito maior do que os cinquentão do ingresso. Em campo, vestindo a camisa do Corinthians Pa­­ra­­naense, os rubro-negros verão Adriano Gabiru insistindo em jogar fu­­tebol.

Triste fim de carreira para um dos jogadores mais importantes dos 86 anos de história do Fu­­racão. Se Oséas e Paulo Rink são os personagens do re­­nascimento do clube, a partir de 1995, o camisa 8 é a figura da entrada definitiva no cenário nacional.

Com um recém-contratado Adriano, o Atlético voltou a ser campeão estadual após oito anos, em 1998. O grupo sofreu algumas alterações e ele continuou em alta, na conquista da Seletiva do Nacional em 1999 e na ótima campanha da Liber­­tadores um ano depois.

Moral inabalável mesmo de­­pois de perder o pênalti diante do Atlético Mineiro, que custou a eliminação da disputa continental. E em 2001, o auge. Na campanha da primeira estrela amarela, Gabiru foi tão fundamental quanto Alex Mineiro. Sofreu o pênalti, frente ao São Caetano, que praticamente ga­­rantiu a taça.

Histórico impecável construí­­do com disposição de sobra. Ca­­racterística que já há algum tempo Adriano perdeu. E o pior, não se sabe exatamente o porquê. Tudo bem, ele já não é um garoto – tem 33 anos – mas não joga bola desde a conquista do Mun­­dial com o Internacional, em 2006.

Desde então, rodou por Fi­­guei­­rense, Sport, Goiás, Gua­­ra­­ni, sem nenhum destaque, até passar pela humilhação de ser dispensado pelo inexpressivo Mixto, do Mato Grosso. De volta a Curitiba, onde decidiu morar, o Gabiru optou por en­­frentar o ocaso no time do Parque Barigui.

No entanto, pelo futebol que (não) mostrou na estreia do Pa­­ranaense, dificilmente ele deve conseguir mudar o curso do fim da carreira. Diante de um fraco e desorganizado Paraná, Adriano não mostrou nada, nem mesmo acompanhou o desempenho ra­­zoável de seu time, que conquistou a vitória por 3 a 1.

Enquanto esteve no jogo, foi uma caricatura de si mesmo. Sem nenhuma mobilidade, va­­gou pela Vila Capanema, até ser o primeiro substituído pelo técnico Amauri Knevitz.

Adriano foi simplesmente o oposto do que o torcedor atletica­­no acostumou-se a ver, um jogador absolutamente incansável. Será diferente amanhã? Acredito que não. Um indicativo a mais de que o fim da brilhante carreira de Gabiru está cada vez mais próximo.

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