Na próxima quinta-feira, antevéspera do seu aniversário de 87 anos, o Atlético terá uma visão mais clara sobre qual caminho seguir na negociação da transmissão do Brasileirão. A escolha da data-limite não é aleatória. Neste dia termina a concorrência aberta pelo Clube dos 13, com a disputa por internet e telefonia móvel; no anterior, bate-se o martelo sobre tevê a cabo e o pague-pra-ver.
Esperar para ver e depois decidir foi a estratégia rubro-negra diante do salve-se quem puder em que se transformou a disputa. Com as concorrências definidas, será possível saber se a projeção de faturamento feita pelo Clube dos 13 bate com a realidade. O bloco que segue fiel à negociação conjunta aposta que a receita projetada pela entidade nas cinco mídias será superior àquilo que cada clube pode conseguir sozinho (salvo Corinthians e Flamengo).
Outro ponto que faz os remanescentes olharem de forma mais cética para a euforia com a negociação individual é o custo total do Brasileiro para a emissora que ficar com ele. A RedeTV! levou a concorrência com R$ 516 milhões/ano e tinha na manga um envelope de entre R$ 700 e 800 milhões. Mesmo que a Globo tivesse de desembolsar R$ 800 milhões, gastaria menos do que a soma dos valores que os clubes sonham conseguir com o trato direto.
Obviamente, há um limite para o que a emissora pretende gastar e o dinheiro seria rateado dentro desse limite. Aí, vale o poder de barganha de cada equipe, maior entre quem tem mais torcida e dá mais audiência, quadro em que clubes como Coritiba, Atlético, Bahia, Vitória e Sport podem menos e certamente vão chorar mais, embora com pouco efeito prático.
Conceitualmente, a espera do Atlético é prudente, respeita a lógica de qualquer negócio. Você pega as propostas disponíveis e escolhe a mais vantajosa. Mas na lógica do futebol, qualquer dia de espera pode ser decisivo. São Paulo e Internacional, alinhados com o C13, já acenam com conversas individuais, para ver a oferta da Globo.
Com os clubes ávidos por conseguir o máximo de dinheiro, o Atlético precisa ficar atento à movimentação dos outros clubes para não perder o momento certo de mexer suas peças. Sob o risco de quando sentar para conversar, a margem de negociação ser mais estreita do que já seria.
Freio no dedo
Tito, que a torcida do Paraná nem mais lembrava que existia, se foi chamando parte da diretoria de "pela-saco". Não na cara, mas via Twitter. Repetiu o que vários jogadores têm feito, usar o passarinho azul para rugir, nem sempre com responsabilidade. Ao menos Tito não apagou a mensagem ou disse que foi hackeado. O Twitter é uma ótima ferramenta, permite o contato entre personalidades, público e imprensa sem os filtros do dia a dia. Pena que os episódios recentes devam ser sucedidos por proibições. Triste. Vai se jogar no lixo mais uma oportunidade de os jogadores mostrarem que podem ser responsáveis pelos seus atos.
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