O desembargador Adolfo Krüger lembra com carinho do tempo em que era Afinho. Ídolo no Ferroviário e no Atlético, fez da Vila Capanema o palco ideal para a sua arte com a bola no pé. Imortalizou seu nome no estádio em 1953, ano em que marcou o gol que deu ao Ferroviário o título estadual do centenário.
O gol de Sérgio Luís não valeu título. Foi testemunhado por poucos torcedores em uma tarde de sábado de fevereiro de 1990. Mas também virou história. Foi o primeiro do Paraná no Durival Britto e Silva. Uma façanha que fez um jogador mediano mas com estrela enorme merecer até placa nas sociais da Vila.
Ao lado da homenagem para Sérgio Luís existe uma outra, para Saulo. Alusiva não a um, mas a todos os gols que transformaram o Tigre da Vila no maior artilheiro ao longo dos quase 17 anos de existência do Paraná. Prêmio justo ao ex-camisa 9, que fez do gol sua arte, e da Vila o seu palco.
Afinho, Sérgio Luís e Saulo estarão de novo na Vila hoje à noite. O trio será homenageado na reinauguração do estádio, um evento sonhado pelos paranistas desde 1999, quando o clube assinou sua sentença de morte ao arrendar o Pinheirão por cem anos.
Mais vivo do que nunca, o Tricolor se livra do agourento estádio da Federação e ainda devolve a Curitiba o seu mais tradicional palco esportivo. Uma festa que só será completa se o time de Caio Júnior vencer e a torcida lotar as arquibancadas. Caso contrário, os paranistas correm o risco de acordar amanhã de ressaca, com uma dor de cabeça daquelas e uma conta salgada no bolso do paletó para pagar.
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Na segunda-feira, leitores paranistas alguns extremamente educados; outros educados, porém irritados; e outro com um vocabulário capaz de fazer até a mais veterana das meretrizes ruborizar escreveram para a editoria de Esportes reclamando da matéria sobre o encalhe de ingressos para o jogo de hoje. O argumento comum era que nas duas reinaugurações da Baixada foram vendidos 10 mil (Flamengo, em 94) e 15 mil (Cerro Porteño, em 99) ingressos, longe da lotação do estádio.
É justo lembrar que as duas partidas do Atlético eram amistosas Paraná e Fortaleza vale três pontos. Não que isso justifique a lotação incompleta da Baixada. Mas da mesma maneira que é inadmissível que não existissem 30 mil atleticanos em 99 dispostos a pagar para ver a abertura da Arena, também é inaceitável não haver 15 mil paranistas aptos a pagar para ver a nova Vila em sua noite de gala.
Impossível o torcedor atleticano não se sentir tocado pelo jogo de hoje à noite, contra o Goiás. Nos bancos de reservas, Vadão e Geninho, dois dos mais importantes técnicos da história recente do Rubro-Negro.
Geninho começou o ano brilhantemente no Goiás, comandando a equipe na excelente campanha na Libertadores. Atraído pelo dinheiro e a ambição corintiana, trocou o Serra Dourado pelo Parque São Jorge. E foi escorraçado do Timão, como já havia sido em 2003.
Cinicamente, Geninho e o Goiás se reeencontraram, e caminham abraçados para a Segundona com um time desconfiado da fidelidade de seu comandante. Por isso, a vitória do Furacão em Goiânia é possível e obrigatória.
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