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A ausência dele nas últimas rodadas do Estadual, combinada à negociação pré-datada com o Porto, me induziram a esquecer Kelvin na avaliação do Paraná pré-Brasileiro. Pois em Varginha Kelvin lembrou não só que existe, como que é muito melhor que seus companheiros e adversários. Quando a bola estava nos pés dos outros, era jogo de Série D. Quando ia para os pés de Kelvin, era jogo de Liga dos Campeões.

Kelvin foi decisivo em Mi­­nas, como será hoje à noite, diante da Portuguesa, e en­­quan­­to estiver na Vila Capa­­ne­­ma. O Paraná tem de somar o maior número possível de pontos enquanto puder contar com seu craque. Em casa, então, ven­­cer é obrigação. Como bem mostrou Adriano Ribeiro na Gazeta de ontem, os 22 pontos perdidos na Vila fizeram muita falta ano passado.

Nesta edição, o aproveitamento como mandante terá peso ainda maior. Desde o re­­baixamento em 2007, esta é a Série B em que o Paraná passará mais tempo na estrada. São sete viagens parcial ou predominantemente feitas por terra. O clube percorrerá 4 mil quilômetros a mais que em 2009, 6 mil a mais que em 2010 e 7 mil a mais que em 2008. Mais tempo na estrada equivale a um maior desgaste, o que reduz as chances de somar pontos como visitante. Por isso a vitória so­­bre o Ituiutaba foi tão valiosa e vencer a Lusa será fundamental. O caminho já foi dado no esburacado gramado de Varginha. Quando apertar, bola no Kelvin.

Olho na Lusa

Assisti a Portuguesa x Náutico no sábado. A Lusa tem um time ve­loz, que só quebra o ritmo quando a bola passa por Marco Antônio, o camisa 10 responsável por armar o jogo com passes e lançamentos precisos. Marcá-lo com eficiência é meio caminho para evitar que a bola chegue a Hen­­rique, Ananias e Luís Ricardo, o trio que se movimenta bastante entre o meio-campo e o ataque.

Dúvida

O Coritiba chegou ao ápice de sua temporada contra o Palmeiras. Depois, três jogos sem gol e sem brilho. O otimista dirá que a derrota no Pa­­caembu veio na hora certa, que a atuação controlada em Fortaleza foi prova de maturidade e que o revés diante do Atlético-GO é natural para quem tem um objetivo maior logo ali. Para o pessimista, o time virou o fio, subiu no salto.

Amanhã o Coritiba mostrará a sua realidade. O duelo contra o Ceará passará o recibo do semestre alviverde. Dirá se ele foi de fato genial como se desenhou ou apenas resultado de um time que soube com eficiência incomum aproveitar uma série de condições favoráveis. Por mais cruel que seja, é de uma dessas duas maneiras que o Coxa será visto a partir de quinta-feira.

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