Causou furor e transtorno principalmente no Alto da Glória a notícia de que o Atlético receberá mais que o Coritiba pelo acordo de transmissão do Campeonato Brasileiro do quadriênio 2012-2015. Há alguns dias, eu mesmo escrevi neste espaço sobre essa hipótese, a partir de boas informações de uma fonte que sempre foi e continua sendo de extrema confiança, dado o índice de acerto padrão Coxa do Marcelo Oliveira.
Como o assunto causou polêmica, voltei à garimpagem de informações. O Atlético receber mais que o Coritiba não é certeza, é uma possibilidade. Tão real quanto o Coritiba receber mais que o Atlético. Ou os dois empatarem em valores e ficarem atrás, por exemplo, de Bahia, Sport, Goiás e Vitória, posicionados na mesma casta da dupla Atletiba.
O contrato de transmissão é composto por um valor fixo, que será igual para os paranaenses e os outros clubes citados acima. Há um valor variável, que depende de aspectos como vendas do pague-pra-ver ou audiência. Fatores diretamente ligados ao momento do time. É daí que virá alguma diferença, se vier. E se vier, será de milhares de reais, não de milhões.
Mesmo que seja de centavos, servirá para esticar a saideira na mesa do bar. Torcedor tem direito a esse tipo de discussão. Os clubes, não. Estão todos no mesmo e apertado barquinho de pesca, sofrendo para não serem engolidos pelas ondas formadas pelo transatlântico em que os times do eixo Rio-São Paulo estão sendo acomodados.
Durante a apuração, um dos dirigentes me disse que é apenas o início de um processo que só irá se acentuar. Paulistas e cariocas receberão cada vez mais e mesmo gaúchos e mineiros terão de cuidar para não serem engolidos.
A leitura a se fazer é: a televisão deve servir para potencializar outras receitas para os clubes, mas não pode mais ser encarada como a principal fonte. Coritiba e Atlético terão de buscar outros caminhos para reduzir a diferença absurda de faturamento para os principais clubes do País. Nesse momento, isso não é mera possibilidade. É certeza.
Parceiro novo
Nas próximas semanas, o Coritiba anunciará com a devida pompa um novo patrocinador de camisa. Não será patrocínio máster, em vigor com o BMG. O acordo foi fechado dentro da realidade atual do clube, de volta à Série A, com um início de ano irrepreensível e com exposição em tevê aberta garantida pelos próximos anos. As renovações de patrocínio serão discutidas nesses parâmetros.
Olha o rapa
A Receita Federal tem acompanhado com interesse a movimentação financeira dos clubes, especialmente transferências internacionais e borderôs. É real, inclusive, a possibilidade de uma investigação profunda e irrestrita. Se os conchavos políticos não puserem freio na história em nome da Copa de 2014, vai ter muito cartola brasileiro perdendo o sono.
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