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Há tempos o futebol paranaense não tinha uma semana tão agitada. Se Atlético e Paraná por si só já fariam um duelo decisivo, o Coritiba entrou como "penetra" na festa dos rivais, no clássico das torcidas com o Rubro-Negro.

O clima de Atletiba dos velhos tempos incendiou as torcidas e deu mais um bom motivo para atleticanos e coxas-brancas irem ao estádio – além, claro, de empurrar seus times para ficar e voltar à Primeira Divisão. Sinal do óbvio: por mais que nossos clubes sonhem e consigam vôos altos, longe das fronteiras do Paraná, o maior rival sempre será o vizinho, aquele de quem se pode tirar sarro na segunda-feira.

Pena que alguns tenham visto iniciativas para aquecer esse duelo da arquibancada como uma maneira de beneficiar este ou aquele clube. Bobagem pura, coisa de quem insiste em ver maldade em tudo. O que todos nós queremos (dirigentes, torcedores, imprensa) é ver os nossos estádios cheios e os clubes daqui crescendo. E, principalmente, bem longe da Segunda Divisão. Chega de plantão noturno às terças e sextas.

Mistérios do clássico

A foto tirada de cima do viaduto, que tanto irritou os dirigentes paranistas, mostra uma possível opção ousada de Lori Sandri, com Josiel e Lima no ataque. Sinal claro de que o Tricolor não irá apenas se defender, mas também tentará a vitória na Arena. Atitude natural de quem sabe que, hoje, nem um empate basta. No Atlético, Ney Franco não faz mistério. Tem a seu favor dois jogadores capazes de, sozinhos, decidir o jogo, Marcelo Ramos e Ferreira. Na teoria, vantagem rubro-negra. Na prática...

Aposenta a 12

O segundo tempo nem havia chegado aos 10 minutos quando a vitória do Coritiba tornou-se inevitável. Primeiro a Império, depois a turma da Mauá, seguida pelo pessoal das sociais e aqueles que ficaram no recém-incorporado setor do visitante. Toda a torcida levantou e começou a gritar sem parar, em um espetáculo arrepiante.

Era o que faltava para apagar as deficiências que impediam o Coxa de chegar ao gol, como a má pontaria de Hugo ou a insistência de Ricardinho em prender a bola. E para completar o que melhor funcionou no time: a escalação de Keirrison como um segundo atacante, sem a obrigação de ser referência na área, e a alforria dada a Pedro Ken, preso na ala-direita durante todo o primeiro tempo. Não é à toa que os dois foram os melhores em campo, os autores dos gols da tarde.

Já é caso de a diretoria alviverde pensar em repetir a atitude do Atlético-MG, que aposentou a camisa 12 assim que o Galo, carregado pelos seus fãs, voltou à Série A.

Carneiro

Carneiro Neto volta amanhã das suas férias de setembro. Neste ano, ele visitou Montreal e Nova Iorque, sua parada obrigatória sempre que sai do Brasil. E é sobre a Big Apple que eu conto uma breve história do sempre bem humorado Carneiro.

Em 2002, estávamos em La Paz para Bolívar x Atlético, pela Libertadores. Carneiro pela Banda B, eu pela Gazeta. Na manhã do jogo, o narrador Marcelo Ortiz chamou a imprensa paranaense para um passeio pelo centro da capital boliviana para comprar artesanato. Rápido no gatilho, Carneiro respondeu: "O que eu quero saber com artesanato de índio? Para mim artesanato bom só o de Nova Iorque, 5.ª Avenida".

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