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Escudero protagonizou alguns dos cinco minutos mais malucos que eu já vi de um jogador em campo. Dos 13 minutos do segundo tempo, quando pisou no campo minado da Vila Olímpica aos gritos de "Ah, é Escudero!" da torcida atleticana, aos 18, o argentino fez de tudo. Deu um soco em Crislan, uma ombrada em Léo, tomou cartão amarelo, quase fez um gol, afastou uma bola da área coxa-branca de bicicleta e atravessou o campo sob broncas de Marquinhos Santos, Deivid, Alex e Chico. Nada, porém, tão grave como a tuitada de horas depois do jogo, reproduzida na página ao lado.

Da mesma maneira que aconteceu dentro de campo, Escudero perdeu a medida diante do computador – ou do smartphone. Foi irresponsável. Desrespeitou seu clube, o rival, o futebol e sua profissão. Deu a qualquer descontrolado – tem muitos em todas as torcidas – o álibi esperado para um ato de violência.

O episódio diminui ainda mais o custo-benefício do argentino. Escudero comete pelo menos uma falha grave por jogo – a mais visível foi a do Atletiba de 21 de abril, que deu um gol a Crislan. Seus carrinhos para desarmar o adversário sempre dão a impressão de que alguém vai sair da dividida com a perna quebrada. Há alguns dias, assistindo a um treinamento, vi Marquinhos Santos parar a atividade para corrigir um erro primário de Escudero na defesa.

Durante a transmissão do clássico na 98 FM, disse que Escudero não tem controle emocional para jogar um clássico do tamanho de um Atletiba decisivo. Seu desempenho geral e a mancada na internet deixam claro que ele não tem condições técnicas nem psicológicas de jogar no Coritiba.

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Para não deixar dúvida. Critico Escudero pelo seu futebol e suas atitudes, não sua nacionalidade, adendo necessário porque no Brasil essas coisas necessariamente descambam para o escroto "tinha de ser argentino". O futebol argentino tem uma belíssima e rara combinação de técnica e dedicação. Olhar para lá na hora de contratar é dever de qualquer clube brasileiro. Escudero não representa o verdadeiro futebol argentino.

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Dado Cavalcanti é um técnico em ascensão e antenado com o que há de mais moderno no futebol brasileiro. Só dará certo na Vila Capanema, porém, se tiver um elenco capacitado e meses que durem 30 dias. Se a diretoria garantir esses dois itens básicos, poderá saber que tem um treinador capaz de levar o time à Série A.

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O monstro do jornalismo Sandro Moser refresca essa memória carcomida pelos cada vez mais presentes cabelos brancos. É de Luís Fernando Verissimo a frase que abriu a coluna de sexta-feira, de que o único momento em que o treinador vê a sua obra tática em campo é no momento que os times estão posicionados para o início do jogo.

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