Fransérgio terá seu contrato com o Atlético rescindido. Vai para o Internacional (cuma?!). A história tem sido nota de rodapé no noticiário rubro-negro. Uma pena, pois a importância de Fransérgio vai além das muitas caneladas que ele deu em campo. Assim como foram Lucas, Kléberson e Lothar Matthäus para determinados períodos da "era Petraglia Episódio I", Fransérgio é um símbolo, talvez o maior, da gestão de Marcos Malucelli. A sua partida é como retirar um quadro pendurado no CT do Caju e deixar a parede em branco para a administração atual expor a sua marca.
O primeiro Atlético a entrar em campo sob a presidência de Marcos Malucelli teve Fransérgio entre os titulares. Era o Atlético da Copa São Paulo de 2009, vice-campeão em uma decisão emocionante contra o Corinthians e um Pacaembu lotado. Era o melhor começo possível: garotos levando o clube a uma inédita decisão nacional. Uma ótima perspectiva de futuro um futuro herdado da gestão anterior, mesmo com os prós e contras da condução da base atleticana até ali.
Fransérgio foi um dos destaques naquela Copinha. Ao longo de todo o Paranaense a torcida e parte da imprensa pediram a promoção dele e de outros garotos à equipe principal. Geninho relutou, mas atendeu. Pôs os piás aos poucos. Fransérgio foi o primeiro a ter chance, nos seis minutos finais da vitória por 2 a 0 sobre o Paranavaí, na Arena.
O Atlético terminou aquele Estadual como campeão e a transição dos meninos para o profissional parecia encaminhada.
Na prática, não foi bem assim. O Atlético começou mal o Brasileiro e a entrada daquela geração todos com no máximo 19 anos acabou sendo acelerada. Fransérgio recebeu e desperdiçou oportunidades de jogar como volante. Então veio Antônio Lopes e o escalou como zagueiro. Novo fracasso. E o início de um ciclo ininterrupto. Um técnico novo chegava (e foram vários), Fransérgio era escalado de volante, jogava mal, era escalado de zagueiro, jogava mal e acabava encostado.
A escalação de Fransérgio como centroavante no primeiro Atletiba do Brasileiro foi o retrato mais fiel da bagunça do ano passado, que culminou no rebaixamento. Em um ato só, juntou-se a falta de um atacante confiável, a lentidão na busca por reforços e a incapacidade do departamento de futebol em enquadrar um treinador no caso, Renato Gaúcho.
Fransérgio ainda repetiu seu ciclo mais uma vez, com Antônio Lopes. Entrou, jogou mal, saiu do time. Da geração vice-campeã da Copinha, foi dos que receberam mais oportunidades e dos que mais fracassaram daquela turma, só Manoel se firmou. Fransérgio era um dos ícones do futuro promissor, acabou como um dos símbolos de um time rebaixado.
Agora, vai embora quase pela porta dos fundos e deixa aquele espaço vazio na parede, à espera de um novo retrato para o Atlético. Que ele seja tão feliz e inspirador como outros que estiveram pelo CT do Caju em boa parte da última década e meia.
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