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Se Falcão for mesmo o novo técnico do Atlético, deverá isso a Carpegiani. Foi o atual treinador do São Paulo que sugeriu ao comentarista que procurasse a diretoria rubro-negra, por intermédio de seu em­­pre­­sário, para voltar ao banco de reservas após 15 anos na cabine de transmissão. E é o sucesso de Car­­pe­­giani na Baixada, no ano passado, que faz o Atlético acreditar que Falcão, mesmo há tanto tempo fora do mercado, possa funcionar.

O raciocínio é que Carpegiani também estava parado, teve tempo e condições para desenvolver o seu trabalho e colocou o Atlético na porta da Libertadores. Ganhou o clube pela boa campanha no Brasileiro, ganhou o treinador por voltar ao mercado.

As situações, porém, são diferentes. Desde que deixou o próprio Atlético em 2001, Carpegiani ficou no máximo três anos longe do banco de reservas. A ausência de Falcão é de 15 anos. O currículo anterior de Carpegiani era de duas décadas, com título mundial, Co­­pa do Mundo e terceiro lugar no Brasileiro. A experiência de Fal­­cão se restringe a cinco anos, sem títulos, sem grandes campanhas.

É o que põe a pulga atrás da ore­­lha da diretoria atleticana. Há o temor velado de que ele seja apenas bom de marketing. O currículo também provoca reticências quanto a PC Gusmão e Silas. PC, no duro, fez uma boa campanha no Cruzeiro, porque herdou a base deixada por Luxemburgo, e no Ceará, em uma campanha de Série B. É pouco. Também é pouco o que Silas fez na carreira. O bom trabalho no Avaí acabou ofuscado pelas dificuldades em domar os elencos de Grêmio e Flamengo.

Por isso o novo treinador ainda não foi anunciado. A espera permite o surgimento de um novo no­­me, melhor que os três candidatos: Alejandro Sabella, campeão argentino e da Libertadores com o Estudiantes Mas, como Ocimar Bolicenho disse a Robson Martins, o Atlético não quer apenas currículo, quer impacto.

Bala na agulha

Seja qual for o treinador, o Atlético vai ao mercado buscar três reforços de peso. Kléberson é o primeiro, ainda chegarão um zagueiro e um atacante. Há espaço no orçamento para esticar a folha do futebol, atualmente em R$ 1,6 mi­­lhão, para R$ 2,3 milhões.

Galopeia

Quando aceitou montar um time com orçamento limitadíssimo, Ro­­ber­­to Cavalo sabia do elevado risco de dar errado e ser mandado embora. Somente por isso, não pode reclamar da demissão. Porém, é evidente que o treinador era o menos culpado. Muito menos que Aquilino Romani, que viu de dentro José Carlos de Miranda e Aurival Correia encaminharem o clube à ruína sem se insurgir. Ou Paulo César Silva, o falastrão vice de futebol cuja utilidade acabou ano passado, quando seu discurso pé na porta perdeu a validade. De positivo na saída de Cavalo e a permanência de Paulão, apenas que a L.A. Sports não voltará dar as cartas na Vila. A empresa é sócia na herança que aproxima o Paraná do rebaixamento no Estadual.

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