A grande notícia deste início de Paranaense é a campanha do Londrina. Mesmo que Toledo, Rio Branco e Nacional estejam entre os times mais frágeis do torneio, ninguém faz 14 gols em três jogos sem mérito.

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Transformar essa arrancada em uma retomada real faz bem não só ao LEC como ao futebol paranaense. O buraco negro em que o Tubarão se enfiou na última década e meia é uma aberração diante da história do clube, três vezes campeão estadual, e da importância da própria cidade. Londrina é o quarto maior município do Sul, quase empatado com Joinville, terceiro. Não pode ter um futebol tão menor que o de Florianópolis (dois times na Série B) ou Criciúma (um time na Série A), por exemplo. Se é fato que hoje está cada vez mais difícil para o futebol do interior sobreviver, é inegável que se tem uma cidade do interior do Paraná em condições de abrigar um bom time é Londrina.

Dentro de campo, os expoentes são Wéverton, artilheiro do último estadual sub-20; Celsinho, enfim livre da obrigação de ser um novo Ronaldinho Gaúcho; e Bruno, um volante moderno, que finaliza bem, dá assistências e aparece a todo momento na ponta direita – em breve estará no radar dos principais clubes do país. São os engenheiros das três goleadas. E os três jogadores que o Paraná tem de vigiar no jogo decisivo de amanhã.

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Sérgio Malucelli tem o mérito do investimento feito para reerguer o Londrina, mesmo que não seja segredo para ninguém que a intenção dele é ter uma boa vitrine para os seus jogadores. Que a ambição do dirigente-empresário não se resuma a fazer bons negócios. O LEC é muito maior que o Iraty, time que Sérgio Malucelli deixou sem muita perspectiva de futuro ao voltar-se para o Norte do estado. E que os londrinenses aproveitem o bom momento para estruturar o clube. O Tubarão é grande demais para existir somente enquanto for uma boa vitrine para o seu investidor.

Escolhas

O Atlético somou dois pontos em três jogos. O futebol apresentado não justifica uma pontuação melhor. Começam a pipocar apelos para que o time principal seja utilizado no Estadual. Não é momento de recuar. O Atlético traçou um planejamento que permita ao time titular uma preparação decente para a temporada. Mudar agora – ou até o fim do primeiro turno – jogaria essa proposta no lixo e criaria uma pressão desnecessária sobre a parte mais forte do elenco.

Como mostrou Robson Martins na semana passada, atravessar o Estadual com os reservas dará ao elenco principal uma temporada europeia, trunfo fundamental para a temporada nacional. Há, porém, um efeito colateral. O Estadual é um anestésico eficaz, que dá aos times alguma gordura a ser queimada em competições maiores. Abrindo mão desse anestésico, o Atlético tem uma preparação mais adequada, mas também assume o risco de ser cobrado mais severamente nos torneios que elegeu como prioritários.

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