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Que os quilos a mais e as par­­tidas a menos não in­­du­­zam a uma avaliação distorcida, injusta. Parou, ontem, um dos maiores jogadores da história. Ronaldo foi o Pelé da sua geração. Jamais maior que Pelé. Pois assim como só houve um Pelé, para sempre haverá apenas um Ronaldo, e ele é brasileiro, não português, como chegou a cantar a torcida do Manchester United.

Ronaldo mudou o futebol. Ha­­via um jogo antes de ele surgir e há outro agora, com sua parada. Com ele foi inaugurada a era do marketing agressivo no futebol. Foi o primeiro jogador transformado em ícone pop. O primeiro a ser tão va­­lioso por aquilo que fazia nos gramados quanto por suas aparições fora dele. Beckham, Ronal­­di­­nho, Cris­­­­­­tiano Ronaldo, Messi, Ney­­mar... Astros com fama proporcional (ou até superior) ao seu talento, idolatrados e consumidos como produtos culturais de massa, de­­vem essa condição ao Fenô­­me­­no.

Como também se deve o reconhecimento de que Ronaldo é um dos maiores exemplos de superação no esporte mundial. Ele passou por nove cirurgias e de todas saiu melhor. Da mais delicada, saiu para conquistar um título mundial como protagonista e ser novamente eleito o melhor jogador do planeta.

Ronaldo levará essa experiência para o outro lado do balcão, como dono de empresa de marketing esportivo. O seu primeiro cliente é o nosso Anderson Silva, astro do MMA. Já há um namoro com Neymar e é provável que muitos outros sejam atraídos pela biografia valiosíssima do jogador que nem mesmo contusões terríveis foram capazes de parar. De blazer e atrás de uma mesa, Ronaldo tem tudo para iniciar uma nova transformação no futebol. Mesmo que dê errado, já tem seu lugar garantido na história do esporte. Obrigado, Ronaldo.

Aposta

Silas teve tudo a seu favor quando treinou o Avaí. Confiança plena da diretoria, a cobrança de apenas se manter na Série A, pressão moderada da imprensa. Entregou mais do que se esperava. No Flamengo e no Grêmio, as expectativas e co­­branças eram maiores do que Silas podia suportar. Perdeu-se. Não só na beira do gramado, mas principalmente nos dois vestiários, de onde saiu sem deixar a mí­­ni­­­­ma saudade. Esse é o dado que mais preocupa na contratação de Silas pelo Atlético. Sérgio Soares fracassou exatamente porque perdeu o controle do vestiário. Não quer dizer que Silas vá falhar na Baixa­­da. Mas a sua contratação é, inegavelmente, uma aposta de risco.

Bandidagem

Nenhuma restrição ao trabalho de Paulo César Silva justifica a agressão covarde sofrida por ele domingo, na Vila. Não surpreende que os agressores vestissem camisa de torcida organizada, massa de manobra de primeira via­­­­gem para qualquer um que queira impor à força sua vontade dentro de um clube. Os paranistas devem ficar atentos a tudo que cerca a política tricolor e a quem, exatamente, serve uma troca no co­­man­­do do futebol.

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