É preciso montar um plano de jogo pensando nas duas partidas". A frase foi dita por Marcelo Oliveira sexta-feira, no CT da Graciosa, e deve balizar qualquer avaliação sobre o Coritiba na decisão da Copa do Brasil.
Roberto segue em tratamento e não se sabe se poderá jogar. Vale a pena correr o risco de por um jogador talvez não plenamente recuperado em campo? Dois episódios recentes indicam qual deve ser a opção do treinador. Rafinha participou da decisão do Paranaense imediatamente após voltar de lesão. Machucou novamente e ficou fora por algumas semanas. Com um terceiro volante Gil o Coritiba dominou o São Paulo em dois terços do duelo no Morumbi. Perdeu, mas conseguiu reverter em casa... com assistência de Roberto para o segundo gol.
O Coxa provou que é capaz de atacar e se defender bem fora de casa com três volantes. O treinador confia plenamente em Gil. E se faltava argumento, as perdas de Marcel (certa) e Anderson Aquino (possível) reforçam que talvez seja momento de guardar opções ofensivas para semana que vem. Sem esquecer, claro, de atacar em Barueri. Caso contrário, com dois, três ou cinco volantes, não haverá plano de jogo que resista.
Perfume
Jorginho recorreu à linguagem de boleiro para definir o descontentamento com o ataque rubro-negro. O pior é que não há no CT do Caju frascos capazes de perfumar o Atlético. Nem mais será possível borrifar um pouco de Dinamita, solução que deixou a linha de frente bem mais apresentável em parte da temporada.
A nota oficial sobre a negociação de Guerrón, aliás, é quase uma peça literária. Parece ter sido pinçada das páginas de 1984, quando Orwell descreve o procedimento do Partido para apagar dos registros a história dos seus antigos membros. Guerrón é condenado pela expulsão no Atletiba decisivo do returno. A mesma expulsão que a diretoria jogara nas costas da arbitragem. Guerrón é condenado pelo pênalti perdido na final do Paranaense. O mesmo Paranaense que Petraglia disse não fazer questão de ganhar e prometeu abandonar em 2013.
Sobre noitadas, é o surrado roteiro do futebol. Quando o time vai bem, balada vira prova do vigor físico do jogador, que suporta o ritmo no campo e na pista. Quando vai mal, a noite é a primeira a ser condenada. E não me refiro a faltas e atrasos, também listados pelo Atlético. Estes, sim, gravíssimos e merecedores de crítica e punição.
Guerrón deixa 1 milhão e 600 mil euros nos cofres rubro-negros, 60% a mais do que custou há dois anos foi 1 milhão de euros por ele e Nieto. Que o dinheiro seja bem investido para perfumar o ataque atleticano. E fragrâncias boas. De perfume paraguaio o Caju já está cheio.
Rodapé
O Paraná cumpre, hoje, seu dever de voltar à elite estadual. Passou pela Segundinha com folgas, mas o título merece na história do clube o mesmo espaço dedicado a ela nesta coluna: uma nota de rodapé.
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