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A renovação de contrato de Chico por quatro anos despertou todo o tipo de crítica – minha, inclusive. Vanderlei esteve a um passo de sair do Paranaense como vilão pelo frango no Atletiba final. Júnior Urso passou um ano inteiro sendo vaiado a cada vez que pegava na bola no Couto Pereira.

Chico deixou o gramado sob aplausos no Atletiba de domingo. O que parecia ser uma despedida do time titular, com a volta de Emerson, tornou-se um até logo. Recuperado, Chico seguirá jogando. Sairá da equipe, mas não da forma automática que se imaginava. Justo.

Quando tudo dá errado e o adversário sobra na cara do gol, Vanderlei tem aparecido para salvar o Coritiba. Seja com grandes defesas, seja com a frieza de ficar onde está e realizar um sutil movimento, como no já lendário gol perdido por Marcão. Vanderlei superou a ausência de um reserva do mesmo nível e voltou a apresentar evolução.

Júnior Urso ganhou a posição de Willian por méritos. Jogou melhor que ele no Paranaense. É o líder em desarmes no Brasileiro. Como primeiro volante, não precisa mais se aventurar ao ataque, embora os adversários deem corda para que ele suba com a bola dominada. Urso ainda erra mais do que acerta quando tenta sair do seu aquário, mas tem recebido carinho maior do público.

A reabilitação de Chico e o renascimento de Júnior Urso têm influência direta do técnico Marquinhos Santos. Ajustou o posicionamento e deu confiança aos dois. Obteve resultado rápido. Por Vanderlei, o mérito maior é de Carlos Pracidelli, o preparador de goleiros que forjou São Marcos e trabalha na seleção brasileira. Está alguns furos acima de todos os bons profissionais que exerceram a função no Alto da Glória.

O Coritiba líder tem os holofotes muito mais concentrados em Alex. Mas são histórias de recuperação como as de Chico, Urso e Vanderlei que dão mais consistência à campanha atual e a crença de que é possível seguir no G4 até o fim do Brasileiro. Resultado de trabalho, algo capaz de fazer maravilhas, mas não milagres. Recuperar Chico, Vanderlei e Urso está no rol das maravilhas. Fazer o mesmo com Bill é esperar um milagre.

Erro no acerto

Era ingrato e mesquinho cobrar R$ 50 adicionais do sócio atleticano para ficar no setor coberto da Vila Capanema. Ingrato por pedir mais a quem está pagando mensalidade da Arena para frequentar estádios menos confortáveis. Mesquinho porque a receita máxima com essa modalidade seria pouco superior a R$ 1,2 milhão, sem os descontos legais.

O Atlético corrige um erro ao abolir a cobrança de R$ 50. Merece cumprimentos. Ainda assim, perdeu boa oportunidade. Tivesse feito isso na semana passada, ficaria como Petraglia atendendo um pedido do torcedor. Agora, fica como uma conquista de João Alfredo Costa Filho, que contou a quem quisesse ouvir que esse foi um dos motivos da sua saída do clube.

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