A vitória do Coritiba sobre o Grêmio é daquelas que redefinem status dentro de uma competição. Em qualquer Brasileirão o Grêmio entra, no mínimo, com a pretensão de vaga na Libertadores, quando não é candidato ao título. Vencer um oponente desses na casa dele mostra que um time tem grandes ambições na disputa, ainda mais quando se observam alguns fatores: Alex não esteve na Arena, o Coxa procurou impor o seu ritmo ao jogo como tem sido comum longe do Couto Pereira e Deivid deu ao time o poder de fogo que faltou no Mineirão.
Alex, Deivid e Lincoln simbolizam o que desde o ano passado é chamado no Coritiba de "mentalidade vencedora". Jogadores experientes, multicampeões, capazes de ensinar o complicado último passo que separa os grandes títulos do quase. Não só aos jogadores, mas também à diretoria e à torcida. O time é o mais resolvido nessa questão. Os profissionais que trabalham nos corredores do Alto da Glória, com ampla experiência de mercado, também já assimilaram. É necessário que isso se alastre para a arquibancada.
De 2011 para cá, o Coritiba foi a duas finais da Copa do Brasil e bateu na trave da Libertadores via Brasileiro. Não dá para reagir como se o time tivesse caído de paraquedas no G4. O torcedor ainda olha para todos os cantos (reais ou virtuais) quase desejando encontrar algo que faça tudo dar errado. Falta olhar mais para o que pode manter o Coxa no topo. Encher o Couto Pereira é um desses fatores. Está fisicamente mais fácil lotar o estádio, há quantidade suficiente de sócios e o time deu mais um motivo para merecer apoio e confiança.
O Valcke vem aí...
E o bicho não vai pegar. Ao menos não da maneira como chegou a ser pintado. O secretário-geral da Fifa estará em Curitiba no dia 19 e no dia seguinte, seja como for a visita, os quatro jogos marcados para a Arena da Baixada estarão disponíveis para compra de ingresso, exatamente como as outras 60 partidas do torneio nos estádios já amplamente divulgados.
Valcke visitará a obra da Arena, participará de uma reunião técnica, outra política e dividirá uma coletiva de imprensa com Ronaldo, Bebeto e um representante do Ministério dos Esportes. Não será surpreendido pelo que encontrar no canteiro de obras atleticano. Semanalmente o Comitê Organizador Local recebe relatórios da evolução, produzidos por um engenheiro do COL que acompanha a obra de dentro. É assim em todas as sedes. É desse acompanhamento que vem a segurança da Fifa de que o estádio estará pronto até 31 de dezembro.
Surpresa quem pode causar é Valcke. O secretário-geral terá dois encontros com Beto Richa e Gustavo Fruet. Uma reunião político-financeira, na Arena, e um jantar restrito. Ótima oportunidade para desatar os nós do financiamento da obra do estádio. Pelo Brasil afora, a Fifa tem cobrado mais de governadores do que de prefeitos. Seria constrangedor para o estado precisar de um chute no traseiro para resolver um problema que está na cara de todos há muito tempo.
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