William é o nome da vez no futebol paranaense. Para o bem e para o mal.

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Na Baixada, soa como música aos ouvidos atleticanos. Virou sinônimo de salvador da pátria, daquele que entra nos minutos finais para manter o time fora da zona de rebaixamento. Em dois jogos, quatro pontos saíram do pé direito ou da cabeça de William.

No Couto Pereira, dificilmente é mencionado sem algum adjetivo desabonador. Virou sinônimo da ineficiência ofensiva do Coritiba nas últimas rodadas. Em 13 jogos, balançou a rede duas vezes. Quantas chances perdeu? Nem os estatísticos sabem.

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O William do Atlético tem uma trajetória errante. Nunca se firmou na Baixada. Poucas vezes foi além de uma pré-temporada. Logo a diretoria encontrava um clube de menor expressão – e de algum lugar muito distante – para emprestá-lo. E quando sobreviveu à pré-temporada, vejam só, ficou marcado por um gol que não foi. Voltou ao Furacão pela enésima vez certo de que sua passagem seria breve.

A trajetória do William do Coxa tinha tudo para ser brilhante. Começou no Santos ao lado de Diego e Robinho. Passou por clubes do exterior. Não emplacou. Veio ao Coritiba certo de que sua passagem pelo Alto da Glória seria o início de uma nova fase.

De tanto brilhar, o William rubro-negro até já se sente em condições de merecer um lugar no time titular. Parte da torcida apóia. Parte prefere conservá-lo como talismã. Mas Vadão parece saber que a importância do jogador se diluiria nos 90 minutos, e ele seria apenas mais um brigando com a bola.

De tanto errar, o William alviverde foi sumariamente cortado da viagem para Itu. Parte da torcida apóia. A outra parte acha que ele deveria ser dispensado. Mas Bonamigo parece achar que em dois jogos o time se acerta e o camisa 9 poderá voltar a jogar. Ou vocês acreditam que Bona vai atirar o atacante aos leões contra o Santo André, terça-feira, no Couto Pereira?

Enquanto estão nas manchetes, os dois William deveriam olhar para o xará e tirar algumas lições do que fazer (ou não) para agradar (ou enfurecer) aos torcedores. Assim, o William da Baixada continuará jogando o futebol que ninguém acreditava que ele tinha; e o do Couto Pereira, o futebol que todos sempre acreditavam que ele teria.

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Festa completa

A quarta-feira foi de reencontros na Vila Capanema. O principal de todos, óbvio, do clube com o seu estádio. Mas também teve o reencontro do time com o bom futebol deixado no Morumbi; da turma do amendoim com os bandeirinhas; da torcida tricolor com a sua história.

Um, em especial, me chamou a atenção. Chamado para abençoar o estádio, o arcebispo dom Moacyr Vitti confessou, em entrevista a esta Gazeta do Povo, seu amor ao Paraná e que nos últimos anos foi a poucos jogos do clube. Dom Moacyr prometeu voltar mais vezes ao estádio. Até carona já garantiu.

Que a intenção dele se estenda aos demais paranistas que deixaram de ir aos jogos na era Pinheirão. Com a Vila reaberta, o apoio da torcida é fundamental para o Tricolor chegar à Libertadores.

O colunista Carneiro Neto está de férias.

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