A seleção brasileira apresenta uma nova versão para o ditado "a melhor defesa é o ataque". Isso se comprova pelo desempenho dos nossos zagueiros em campo. Eles são melhores no ataque que na defesa. As falhas defensivas são o grande problema que Dunga precisa resolver no "escrete" nacional.
Sim, o melhor em campo nas últimas partidas do Brasil tem sido Júlio César, o goleiro. Quando o goleiro é o destaque, é porque a defesa fez dele o herói. Juan e Lúcio são tão perigosos na área adversária quanto na nossa. Minha nossa. Confesso que fiquei arrepiado quando Galvão Bueno perguntou ao Falcão antes do intervalo comercial: "O jogo já está decidido, Falcão?". Meus arrepios aumentaram com a resposta: "Claro que sim, Galvão".
Pois é, era para estar. Mas não foi bem assim. Em um minuto tomamos dois gols. Dois vacilos e o Egito empatou. O jogo já se arrastava para o tenebroso 3 a 3. Resultado histórico para ambos os lados, com enredos de tragédia e glória, respectivamente. Brasil e Egito iam assimilar desta forma o empate. Veio o pênalti salvador.
Estamos disputando um torneio com outras duas seleções: Espanha e Itália. Os dois adversários estrearam melhor. Venceram com um pouco mais de folga. No final das contas vamos disputar com a Itália o direito de não jogar com a Espanha na semifinal. É o que está programado. Depende da nossa defesa.
Alma lavada
Nossos colunistas já disseram tudo na edição de ontem sobre as vitórias do fim de semana. O Atlético venceu um jogo em que a previsão era contrária. O Sport transformou a Ilha do Retiro naquilo que o Rubro-Negro paranaense estava acostumado a ter em casa: um caldeirão. Vencer o Sport foi um feito.
A alma coxa-branca está lavada. Cinco a zero é para isso. Ganha-se os mesmos três pontos do magro um a zero. Mas a alma, ah, a alma fica leve. Flutua... Vencer de cinco não é para qualquer um e em qualquer dia. Tem mais: foi o Flamengo. Rubro-Negro. Uma sugestiva lembrança.
Personagens: Felipe e Bruno
Goleiros dos dois times de maior torcida do país, Corinthians e Flamengo, eles foram decisivos no domingo. Bruno tomou frango (pelo meio das pernas é e sempre será frango), soltou duas bolas nos pés dos atacantes e ajudou nos cinco. Felipe fez ao contrário, porque o Timão também merecia ter tomado cinco em Goiânia. Empatou graças a ele.