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Fim de semana de clássicos é semana de polêmicas. Morte, brigas, polícia malpreparada, expulsões, gols e futebol (???). Foi assim Brasil afora. Em Belo Horizonte, um assassinato. No Morumbi, o esperado quebra-quebra. Nada foi feito preventivamente e aconteceu... Em campo, nas "quatro linhas", as polêmicas. Expulsões e reclamações contra as arbitragens. Coisa normal em dia de clássico.

Mas, uma das expulsões chamou a atenção e leva a discussão para um outro campo. A ética profissional. No Morumbi, em São Paulo, um lance emblemático: Túlio, do Corinthians, recebeu na área e, quando perdeu a jogada, caiu, tentando iludir o árbitro para cavar um pênalti. Ainda no chão, foi ofendido por André Dias, do São Paulo, indignado com a simulação. A reação de Túlio foi imediata. Ao se levantar, bateu em André. Foi a vez de o zagueiro tricolor simular uma agressão maior do que a que recebeu. Túlio foi expulso. André Dias condenou a ação e Túlio, mas, e a dele? Eis a questão...

A simulação virou moda nos campos de futebol. Os jogadores adotam sistematicamente esta estratégia para obter benefícios da arbitragem durante as partidas. Tudo natural para eles e para os treinadores. Tudo em nome da "malandragem" do futebol. Engana-se o árbitro e o público. Resultados são forjados por gestos nada éticos. O respeito às regras não é uma regra no mundo do futebol. Esse mau caráter é tolerado e, pior ainda, exaltado neste mundo. Que mundo é esse, afinal?

A simulação é uma fraude. Deveria ser punida com rigor pelos tribunais esportivos, com o auxilio das imagens de televisão posteriormente. É preciso educar nossos jogadores e a única maneira viável, ao que parece, é com o método corretivo pela punição porque não há orientação dos "comandantes" neste sentido. Não ouvimos os treinadores – chamados de professores pelos atletas, imaginem – condenar estas atitudes antiéticas de seus próprios jogadores no campo de jogo.

O negócio é levar vantagem, certo? Errado. Ou então, não poderemos condenar os assassinatos, o vandalismo e as brigas nos campos de futebol porque eles, os estádios, são um mundo à margem da sociedade, onde tudo é permitido e as regras, ah, as regras, nada valem! Vale a malandragem!

Personagem: Bruno Senna

Vai estrear na F-1 pela Honda em 2009. Leva às pistas o nome do tio, Ayrton, mas não deve sofrer a pressão para substituí-lo. Ayrton e Bruno têm em comum apenas o sobrenome, por enquanto.

A frase

"Somos diferentes: Ayrton é meu tio e não tenho a obrigação moral de repetir o que ele fez e conquistar os mesmos resultados", afirmou Bruno Senna, sobre as possíveis comparações com o tricampeão mundial da F-1.

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