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A nova modalidade de relacionamento entre clubes e fãs vai acabar com o torcedor. Ou o sujeito vira sócio, ou só vai ver o time jogar pela televisão. Em busca de receita garantida, a preferência é ter associados. As arquibancadas deixarão de existir nos estádios de futebol. Daqui para frente serão cadeiras personalizadas e locais marcados.

É uma opção comercial interessante. Quem quiser torcer terá que pagar antecipadamente. Assim, os clubes poderão planejar seus orçamentos e haverá uma seleção natural, marginalizando quem não tem recursos financeiros para mensalidades.

A moda começou no sul, com o Internacional. O Grêmio mantém as melhores médias de público do Brasileirão com os sócios. Os espaços serão cada vez mais restritos. Com o Estatuto do Torcedor, os estádios encolheram. Nunca mais veremos públicos de 100 mil pessoas no Maracanã ou de 65 mil no Couto Pereira, como já vimos em outros tempos.

Quando se registram 20 mil pessoas em um jogo de futebol, comemora-se como um grande feito. Clássicos com 40 mil torcedores no futebol paranaense já não existem mais. Nos anos 70 isso era comum. Coritiba e Bangu decidiram o Brasileiro de 85 diante de 90 mil pessoas. Na final da Libertadores, o Fluminense não pode colocar o mesmo número porque o Maracanã já não comporta mais esta capacidade.

Então, meu amigo, corra e torne-se sócio do seu time. Senão, você só poderá vê-lo jogando pela tevê. E, mesmo assim, você terá que pagar para isso. "Povão", que já foi expressão símbolo do futebol, será extinto pelo mercantilismo que vai rapidamente assumindo o lugar da paixão. Os torcedores acabarão em breve. Os sócios tomarão seus lugares nos estádios.

Dia de Tricolor

Paraná e São Caetano revivem hoje à tarde a decisão do Módulo Amarelo da Copa JH, em 2000. Bons tempos em que os dois times estavam em alta. Os torcedores devem sentir saudades!

O reencontro

Ney pega o Atlético, na Arena, com o Botafogo. Cuca tenta decolar com o Santos, na Vila Belmiro, diante do Coritiba. Haverá em seus corações alguma mágoa e sentimento de vingança? Talvez não, mas vencer os jogos será uma satisfação pessoal para cada um deles.

Personagem: Edmundo

O atacante do Vasco voltou a gerar polêmica, após a vitória do Vasco sobre o Atlético-MG, por 6 a 1. Ele acusou o Jean e Leandro Bomfim de terem simulado contusões para não jogar contra o Galo em São Januário.

A frase

"O Edmundo agora é médico?", indagou Leandro Bonfim, após ouvir as declarações de Edmundo sobre a ausência dele, de Jean e Morais no jogo de quinta.

linhares@gazetadopovo.com.br

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