Um país de bronze. O nosso desempenho em Pequim não chega a ser assombroso. Estamos dentro das nossas possibilidades. Nada além do que a realidade pode nos oferecer. Vamos ganhar algum ouro até o domingo que vem, quando os Jogos terminarem. Acredito em uns três ou quatro. Futebol, vôlei de praia, vôlei de quadra, César Cielo nos 50 metros e só. Tem a vela. Quem sabe?

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Como é habito da nossa cultura, deixamos a preparação para a última hora. Medalhas de ouro se ganham anos antes. Não temos políticas para o esporte no Brasil. Vivemos de alguns projetos esporádicos que, de vez em quando, dão algum resultado. Nossos heróis, estes valorosos atletas que conseguem feitos extraordinários como Cielo e Thiago Pereira, na natação, e os nossos judocas, são frutos de empenho pessoal exclusivamente. Chegaram onde chegaram por méritos próprios.

O esporte é a grande saída para tantos problemas sociais. É ano de eleições e os políticos deviam pensar nisso. Aliás, os eleitores deviam pensar nisso e escolher pessoas que tivessem compromisso com políticas sociais que envolvessem o esporte. Há tantos meninos e meninas que trocariam as ruas pelas quadras, piscinas, tatames, campos e areias se tivessem uma oportunidade. Poderíamos formar campeões por gerações. Formar gente para a vida. Homens e mulheres que se orgulhariam de si mesmos. Que teriam um horizonte pela frente para olhar.

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As Olimpíadas deixam essa impressão. Sentimo-nos de certa forma frustrados pela falta de conquistas, aquelas que lavam nossas almas e alimentam nossos espíritos. Paramos em frente à televisão para ver o ouro no peito dos nossos compatriotas como se esse fosse o único resultado admissível. Temos vencedores aos montes e devemos nos orgulhar de todos eles. São todos de ouro, prata e bronze, não importa.

Indecisão

A gestão de Dunga à frente da seleção brasileira é marcada pela indecisão. A constante troca de jogadores demonstra a falta de convicção do treinador. Ora Pato é o cara, ora ele não tem lugar no time. Poupar jogadores em uma equipe que teve pouca chance de se entrosar é outro erro.

Personagem: Mário Sérgio

O novo treinador do Atlético é um velho conhecido da torcida. Com três passagens anteriores, Mário Sérgio volta ao Rubro-Negro para tirar o time da ZR. Desafio gigante.

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A frase

"Ou complica para ganhar, mas corre o risco de ficar sem medalha, ou faz uma série mais limpa e mais segura", resumiu o técnico do ginasta Diego Hipólito, Renato Araújo, antecipando a estratégia do brasileiro para tentar a medalha inédita para o país.