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O consagrado jornalista Clovis Rossi define a profissão como "uma luta diária para conquistar corações e mentes". Esse deve ser o objetivo de todo jornalista. Quando abrimos um título de artigo o fazemos até o ponto final. O enredo é escrito para que seu coração e sua mente, amigo leitor, recebam a nossa mensagem. Precisamos tocar ambos, atingi-los bem no meio, no alvo.

Em 2007, recebi o convite do editor de Esportes da época, Leo­­nardo Mendes Júnior, para ocupar este espaço na Gazeta do Povo às terças-feiras e sábados. Encheu-me o peito de orgulho.

Qualquer jornalista paranaense se sentiria assim diante de uma proposta do maior jornal do estado. Iniciei então minha luta pe­­los corações e mentes dos leitores da Gazeta do Povo. Exerci meu papel com a dedicação de um idealista, daqueles que abraça a causa.

Abracei. Desde o dia 4 de outu­­bro, quando a primeira co­­lu­­na foi publicada, até hoje, 8 de janeiro de 2011, pus meu co­­ra­­ção e minha mente em cada caractere digitado, em cada frase construída, em cada ideia a ex­­por. Foi assim durante todo esse período. Na última terça-feira, porém, recebi no quarto do hotel onde estava hospedado em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a derradeira pauta. O artigo de despedida. Aquele que encerraria este ciclo da minha vida profissional. Este que você, amigo leitor, agora aprecia.

Rodrigo Fernandes, o editor de Esportes de hoje, incumbiu-se da missão. Apresentou-me pelo telefone os motivos da editoria, que sob o signo das mudanças, decidiu investir em uma renovação. Confesso que fui surpreendido com a notícia, pois não estava nos meus planos interromper este ciclo agora. Não me passava pela minha mente e nem pelo meu coração encerrar esta luta. Mas a decisão veio e a acato com o mesmo respeito que norteou a relação deste colunista com a equipe e a Gazeta do Povo.

A vida segue e cada um irá buscar seu destino. Agradeço a grande oportunidade. Desejo sucesso aos ficam e aos que chegam. Abre-se um novo ciclo, mas a luta continua. Será a mesma de sempre, de todos os dias. Tenho orgulho de inserir esta passagem no meu currículo profissional. Deixo aos amigos, cujos corações e mentes consegui conquistar, e aos outros tantos que relutaram em se entregar, uma saudação especial de apreço e carinho. Valeu gente.

A citação

"O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas", Willian Geor­ge Ward (1812-1992), teólogo inglês.

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