Voltamos no tempo e chegamos a 1973. Estádio da Fonte Nova. Bahia e Coritiba estão em campo para decidir o Torneio do Povo. O jogo está empatado. Hélio Pires recebe um lançamento. Alguém apita, mas o atacante segue a jogada sem se importar e marca. Confusão. Um torcedor do Bahia tentava anular o ataque da arquibancada. Azar. Coxa, "Campeão do Povo". Fez-se letra do hino alviverde.
Avançamos. 1985, Maracanã. Nos pênaltis, o Coritiba torna-se campeão brasileiro. Vence o Bangu e escreve em sua história centenária a página mais importante, a mais comemorada. Três anos depois, o Bahia conquista o título nacional. Hoje, Coritiba e Bahia fazem um duelo de gigantes, deslocados na Série B, mas com a enorme tradição de dois grandes times, de força popular e carisma de vencedores. O jogo vale o título da competição. É noite de decisão.
Coritiba e Bahia preparam o retorno à elite. Voltarão a ocupar seus devidos lugares entre os maiores do país do futebol. Mas, antes, decidem quem poderá levantar a taça.
Em Pituaçu, no estádio do Bahia, lotado, teremos uma noite nostálgica. Os antigos reviverão 1973. Coxas e Tricolores, as memórias de 85 e 88. Noite de campeões, frente a frente, decidindo, lutando por uma conquista, por um troféu. Vale o campeonato.
O sonho acabou
Ainda havia quem acreditasse no milagre. Mas, para acreditar em alguma coisa, é preciso fazer muita coisa. Planejar os acontecimentos. Prever situações e se preparar para elas. Não basta apenas discursar. Vencedores são construídos. Vencedores nascem e crescem se programando para vencer. Do nada, ninguém vence. O acaso não produz campeões.
Em 2011, o Paraná terá mais uma chance. Tentará novamente ser um vencedor na Série B. E, para se tornar um vencedor, terá de pensar nisso agora. Tem essa vantagem. Não precisa mais se preocupar com 2010. Já pode investir em 2011. Ou, então, se conformar com mais um ano perdido, como este, o passado e o anterior e os outros...
Personagem: Ricardo Teixeira
O presidente da CBF seguirá naturalmente à Fifa. Planejamento iniciado pelo ex-sogro, João Havelange, quando o "colocou" no comando do futebol brasileiro nos anos 80. Agora, João Havelange quer que Teixeira seja candidato em 2015, após a Copa do Mundo no Brasil.
A frase
"Seria um bom presidente por ter administrado a CBF", referendou João Havelange, que presidiu a Fifa de 1974 a 1998, ao indicar o nome do ex-genro à presidência da entidade.
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