Fim da Copa da África do Sul. Espanha campeã. Oito gols em sete jogos: a conta do chá. Ainda dizem que a Espanha joga um futebol ofensivo (!?) Futebol de resultados é isso. Não aquilo que pregou e praticou Dunga com seu timeco. A Espanha vai reinar até 2014, quando seremos nós do Brasil os "grandes" favoritos ao título, o ambicionado hexa.
A Copa terminou e o noticiário esportivo está recheado de informações policiais. O caso Bruno/Eliza. Um enredo macabro que sobrepõe um crime hediondo ao futebol nacional no retorno do Campeonato Brasileiro. Seria melhor abrir os jornais, ligar a televisão, ouvir no rádio ou acessar a internet para ler sobre a contratação de Bruno pelo Milan, por exemplo. Tudo foi para o segundo plano, por enquanto.
A cada detalhe que se revela da vida do goleiro do Flamengo, vemos a vida de muitos jogadores refletida neles. A infância pobre, a familia desajustada, relações pessoais complicadas, problemas sérios, porém previsíveis. Os clubes vivem de seus atletas, mas pouco se preocupam com a formação dos homens. Educá-los, quando ainda estão nas categorias de base e deixam a escola, não faz parte dos projetos dos times de futebol.
Os jogadores jovens são verdadeiras mercadorias, para serem vendidas ao melhor preço e o mais rápido possível. Seu caráter e seu comportamento dependem da sorte, porque o meio produz seres humanos mimados, com poucas referências e que surgem do nada para a fama, glória e fortuna, do dia para a noite. Poucos se preocupam com os efeitos de tamanha mudança na cabeça de jovens atletas. O que importa é dentro de campo, dizem.
Bruno cercou-se de "Macarrão", "Coxinha" e mais alguns outros "amigos". Aproximou-se de Eliza Samúdio e o resto da história todos já conhecem. O futebol leva à glória que Casillas viveu no Soccer City no domingo à noite em Johannesburgo, levantando a Taça Fifa. Ou, pode destruir os sonhos de um jovem que ficou rico e famoso como Bruno, e que agora definha atrás das grades em um presídio mineiro, sem que alguém se importe com ele. Casillas e Bruno, dois goleiros, dois destinos bem diferentes, entre sonhos e pesadelos.
Personagem: Paul, o polvo. Ele divertiu o planeta com suas previsões certeiras. Com 100% de aproveitamento, Paul, o polvo, merece a Bola de Ouro do Mundial da África do Sul. E, ainda por cima, livrou a cara do "pé-frio" Mick Jagger, esquecido por causa do polvo...
A frase: "Falta praticamente tudo para o Brasil sediar a Copa de 2014", disse, sem meias palavras, Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, sobre as dificuldades que o país enfrentará para organizar o próximo Mundial.
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