Este é o dilema atual do futebol brasileiro. Quem contratar? Um bom e experiente veterano ou um dos tantos meia-boca baratos que existem no mercado? Oh dúvida cruel. Pois é. Os clubes es­­tão optando pelos "velhinhos". Sim. Não são papais-noeis, mas "bons velhinhos". Estão jo­­gando mais que qualquer um.

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O Corinthians investe em Ro­­naldo e Roberto Carlos. No Fla­­mengo, Petkovick é o Rei. Fred no Fluminense, Giovanni no San­­tos. Cada um tem seu veterano. A dupla Atletiba teve em Paulo Baier e Marcelinho Paraí­­ba seus expoentes em 2009. Pa­­raíba, então, foi tão valorizado que conseguiu uma transferência sonhada por todos os jovens em início de carreira.

Cada vez mais, os atletas prolongam suas carreiras. Fer­­nando, que defendeu o Santo An­­dré até o final da temporada, aposentou-se aos 42 anos, jogando ao lado de Marcelinho Cario­­ca, quase da mesma geração. Romário, o Baixinho, parou e voltou. Juninho Paulista, campeão do mundo em 2002 com a seleção brasileira, assumiu a camisa 10 do pequeno Ituano no interior paulista. Renaldo, artilheiro do Atlético e do Paraná, sonha com a 9 tricolor enquanto faz estágio no Serrano.

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A causa pode estar no descaso dos times com a formação de jogadores. Vimos a Copa São Paulo e seus 92 participantes na primeira fase. Inúmeros clubes, dos quais jamais tínhamos ouvido falar, com inúmeros jogadores dos quais jamais iremos ouvir falar. Essa é a nova lei do mercado. Os clubes abandonaram a ideia de revelar porque as revelações já não dão retorno como antes.

Esse novo cenário torna os veteranos mais valorizados porque são mais confiáveis. Por incrível que pareça, se comprometem mais com os projetos do clube que os jovens. Novos jogadores estão, assim como seus empresários e procuradores, com a cabeça no exterior, loucos para fazer dinheiro fácil com bons contratos. A maioria deles meia-boca.

Fantasma

O Operário de Ponta Grossa revive seus melhores dias na largada do Campeonato Paranaense. Duas vitórias, uma delas sobre o Atlético em plena Baixada. Es­­petacular início para um time que ficou 15 anos ausente de tais emoções.

Personagem: Toscano

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O atacante do Paraná marcou três dos quatro gols da vitória do Tricolor sobre o Engenheiro Beltrão. Marcelo Toscano mostrou a vocação de artilheiro que quase perdeu no Paulista de Jundiaí, onde jogava na ala-di­­reita.

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