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A história recente de sucessos e fracassos no futebol mostra que os clubes que mantém seus treinadores durante toda a temporada e de uma para outra têm conseguido os melhores resultados. Basta olhar a classificação do Brasileiro de 2008. Dos 10 primeiros, apenas o Botafogo e o Vitória trocaram de técnicos ao longo da competição. Já os times que lutaram para não cair ou caíram, entraram no rodízio.

A temporada de 2009 ainda nem engrenou e vários times já mudaram de treinadores. O "cai-cai" está arraigado à cultura nacional. "Burro, burro..." é o grito que ecoa das arquibancadas quando as coisas não andam como a torcida quer. O planejamento é essencial para que os objetivos sejam alcançados. Mas, como planejar uma temporada se as mudanças ocorrem sem previsões? E, quando há troca de treinador, normalmente se troca também vários integrantes da comissão técnica e alguns jogadores vão e outros vêm.

Alguns dirigentes já perceberam isso, outros não! E, há mais um detalhe: o planejamento precisa ser feito com grande antecedência. Pensar agora em 2009 é um erro tão grande quanto despedir treinadores. Muitos times irão contratar jogadores até os limites de inscrição nas competições. Haverá estreias a cada rodada e os resultados serão os de sempre. Ainda teremos a "janela" européia, no meio do ano, que fará estragos em quase todos os "elencos".

Cada treinador tem seu estilo de trabalhar e as mudanças só servem para confundir as cabeças dos jogadores, porque um novo sistema tático será implantado, um novo posicionamento da equipe em campo. O sistema preferido dos que assumem o cargo é a plataforma 3–6–1, mais defensiva, para que haja tempo de adaptação das partes e o resultado não seja uma sequência dos desastres que motivaram a queda do antecessor. É mais uma questão cultural.

Os 10%

Clássicos se transformaram em clássicos porque havia algo mágico nas arquibancadas. O frenesi das torcidas, públicos gigantescos, ocupando meio-a-meio os espaços nos estádios. Hoje, a moda é dar apenas 10% para o visitante e os clássicos acabaram...

Personagem: Dunga

O mais pressionado, o mais cobrado e o mais questionado de todos os técnicos deu uma boa resposta aos especuladores, que viram em Felipão desempregado uma opção para o lugar de Dunga. Os 2 a 0 na Itália, com atuação convincente, deram um "cala-boca" geral...

A frase

"É uma outra família de jogo", filosofou Mano Menezes, técnico do Corinthians, para definir o clássico contra o São Paulo, amanhã pelo Paulistão. Uma nova maneira de dizer que "clássico é clássico"!

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