Quarenta e sete minutos do segundo tempo. O meia Douglas arruma a bola na ponta direita de ataque. Chicão e William vêm para a área. Bruno grita com os companheiros. Atrás do gol, uma fiel torcida angustiada. O jogo vai terminar. Marcão olha para Ronaldo. O Fenômeno dá dois passos para trás enquanto a bola viaja pelo alto. Sua trajetória está escrita no destino de Ronaldo. Sua direção é a cabeça da maior estrela em campo.
Bruno sai mal, assim como Felipe no gol de Diego Souza. É a lei da compensação que existe neste inexplicável esporte chamado futebol. Marcão pula, de costas, tentando alcançar a bola. Mas ela, a bola, não é sua. É de Ronaldo. O Fenômeno do Timão sobe, cabeceia e ela, a bola, cumpre seu destino. Gol do Corinthians, gol de Ronaldo. A multidão delira e, creio, até os palmeirenses se rendem à história.
A história de Ronaldo faz dele um herói. Às vezes, um vilão. Mas um ídolo sempre é capaz de emocionar. Um ídolo não tem bandeira, não tem cor, não tem escudo. É de todos!
Por ironia do mesmo destino, Ronaldo, em 1974, acabou com o mais lindo sonho dos corintianos, numa tarde chuvosa, com o Morumbi lotado. Houve comoção e até os palmeirenses se renderam à tristeza dos adversários, comemorando discretamente o triunfo sobre um time que há 20 anos não vencia o campeonato.
Palmeiras e Corinthians, um clássico paulista em que o simples confronto já faz história. Mas, a história para ser completa precisa de um herói. Ronaldo, como em 74, é o nome dele. Desta vez não valeu título, mas valeu o prazer de ver o Fenômeno emocionando como nunca. Sorriso de menino, alegria infantil na comemoração daquele que pode ter sido no íntimo de Ronaldo o gol mais importante da vida dele. O gol da ressurreição...
Mais cinco
Atlético (27), Coritiba (20), Iraty (17) e mais cinco. Assim será a segunda fase do Paranaense 2009. Do Nacional (14) em quarto ao Paranavaí (9) em último, todos podem se classificar e qualquer um pode cair. Em jogo pontos preciosos nas quatro rodadas que faltam. Haja coração...
Personagem: Paulo Comelli
O técnico do Paraná pediu demissão após mais um fracasso. O Tricolor começa a experimentar os mesmos sintomas de 2008, quando lutou para não ser rebaixado à Série C do Brasileiro, vexame que fica cada vez mais próximo de acontecer. Pelo menos o esforço neste sentido parece enorme...
A frase
"Foi um momento maravilhoso para mim", disse Ronaldo, o Fenômeno, sobre o gol que marcou no empate do Corinthians com o Palmeiras, descrevendo a sensação de fazer o primeiro gol com a camisa do Timão.
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