Algumas pessoas assumem o poder e perdem o senso (faculdade de julgar, de raciocinar; entendimento). Vejam o caso do Estádio Couto Pereira. Inaugurado em 1932, sob o nome de Belfort Duarte, passou por várias etapas de construção até atingir o estágio atual. Cabem mais de 37 mil pessoas e as instalações atendem às exigências do Estatuto do Torcedor.
Mas, em um jogo atípico, valendo o rebaixamento para Coritiba e Fluminense, a reação previsível do perdedor provocou um tumulto igualmente previsível. Invasões de campo são normais em situações extremas, de alegria e tristeza. Aconteceu. A falta de planejamento estratégico dos responsáveis pela segurança permitiu que alguns insanos pulassem o fosso que cerca o campo e promovessem a balbúrdia toda.
O estádio é melhor que a grande maioria espalhada pelo país. Não existe razão concreta para a interdição do Couto Pereira para jogos do Campeonato Paranaense, cuja média de público é de insignificantes 2.069 torcedores por partida. Para atender à demanda do Estadual 2010, o Couto Pereira, como está, é uma praça esportiva pronta e preparada para receber qualquer partida da competição.
Aí começa o conflito entre o senso e o poder. A Comissão de Vistorias da FPF tem o poder, mas lhe falta o senso (faculdade de julgar, de raciocinar; entendimento). Não há um só motivo para o estádio do Coritiba estar fechado para o Campeonato Paranaense. O STJD não irá julgar o caso baseado na situação atual. O processo foi montado a partir dos fatos que ocorreram após o jogo do Brasileiro.
Qualquer agente de fiscalização com um mínimo de senso autorizaria a realização de jogos no Couto. Achar que o STJD vai aumentar a pena por causa de algum problema que possa acontecer no Paranaense é uma visão distorcida da realidade. Foram 30 jogos e 610 mil. O máximo. Não vai passar disso. Aliás, deve diminuir para pelo menos um terço 10 jogos e 210 mil.
Caranguejão
Coritiba e Paraná vão medir forças no litoral. Invicto e disparado na frente, o Coxa é favorito. O Tricolor luta para espantar a crise e uma derrota poderá colocar o time na ZR. A entrevista do presidente Aquilino Romani ao repórter Ângelo Binder revelou a face oculta da crise na Vila Capanema. Marcelo Oliveira está no "paredão".
Personagem: Muricy
Demitido pelo Palmeiras após a goleada por 4 a 1 sofrida do São Caetano, Muricy Ramalho saiu pela porta dos fundos. Em 34 jogos, o time comandado por Muricy ganhou apenas 13. Foram 10 derrotas e aproveitamento de 49%, abaixo da média.
Deixe sua opinião