Nada melhor que estar no controle em um domingo de decisões. No controle remoto da televisão. E, para isso é preciso mandar a mu­­lher para o Shopping com as crianças. Com o poderoso instrumento à mão, é só ficar passeando pelos grandes estádios, acompanhando todos os jogos que estiverem disponíveis na tela.

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Com tantas atrações, concentrei minhas atenções no Atletiba. Até o gol de Geraldo. Dois a zero, jogo definido. Perdeu a graça. An­­tes, um jogo bem disputado. Mas, além do clássico paranaense ha­­via mais. Muito mais. Ver o Santos atuar proporciona enorme prazer em quem gosta de ver bom futebol. O Santos deu um passeio no São Paulo e fez o previsível: goleou!

Mudando de canal, encontrei o desespero gaúcho do Inter. Pe­­lotas dois a um. Mas a virada espetacular veio no final e garantiu mais um Grenal na decisão do RS. Em Mi­­nas, mais sofrimento. Mais um passeio e os paranaenses Adílson Batista e Gílson Kleina no olho do furacão. Kleina vai à final contra Luxemburgo e o Atlético Mineiro.

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Avaí e Figueirense faziam um clássico emocionante em Floripa e o time de azul e branco levou a me­­lhor com o empate. Casa cheia na Ressacada, que ganhou uma am­­pliação nas arquibancadas, trazendo o torcedor para cima da linha lateral. No meio de tantas decisões, havia um jogo diferente, que valia o terceiro lugar: Iraty x Paraná.

Mas, depois do Atletiba decidido, passei a ver a final carioca. O Bo­­tafogo surpreendeu, superou qualquer expectativa e levantou duas taças. Taça Rio e o Campeo­­nato Carioca. Jogão. Adriano desperdiçou pênalti e Jeferson se tornou herói do dia ao espalmar para escanteio a cobrança do Impe­­rador. Joel Santana saiu do Mara­­ca­­nã consagrado pelo sétimo título estadual no Rio de Janeiro. Cam­­peão pelos quatro grandes do futebol carioca.

Sem o controle remoto, o do­­mingo não seria tão emocionante. Usá-lo com sabedoria e equilíbrio nos torna poderosos, como ele próprio, o controle remoto. Com tantas opções na tevê, aberta, paga ou em PPV, para que ir ao estádio? Para que se submeter à violência nas ruas e nas arquibancadas? Ao desconforto dos estádios? Viva o controle remoto!

Personagem 1: Ney Franco

Campeão paranaense e sobrevivente do rebaixamento do Coriti­­ba para a Série B, Ney Franco comprovou mais uma vez que a política de trocar técnicos constantemente não funciona.

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Personagem 2: Gílson Kleina

Pouco reconhecido no futebol do Paraná, Kleina mostra seu talento em Minas Gerais. Vai à final com o Ipatinga, desafiando Vanderlei Luxemburgo. Boa sorte!