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Desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, a classificação para a Libertadores tornou-se objeto de maior cobiça entre os clubes. Virou sonho de consumo. Nunca se deu tanta importância ao torneio continental. Os motivadores de plantão elegeram a conquista da vaga na Libertadores como algo semelhante a ser campeão nacional.

É comum vermos comemorações exageradas após o apito final que confirma um lugar na competição. Invasão de campo, foguetório, carreatas pelas ruas. Todos querem a Libertadores. As entrevistas focam na Libertadores. Poucos falam sobre o título. O que realmente importa é ser campeão. A Libertadores é prêmio de consolação. Nelson Piquet já definia o segundo colocado como o "primeiro entre os perdedores".

O Brasileirão entra na reta final. Já estamos na 27.ª rodada. Fluminense, Corinthians e Cru­­zeiro polarizam a disputa pelo título, mas todos estão mesmo de olho na famigerada vaga. Com a redução para apenas três, os demais participantes esmorecem na medida em que olham para o alto da tabela e enxergam os líderes distantes. O Atlético Para­­naense está em ascensão e se aproxima da briga. Sonha com a Li­­bertadores novamente.

Poderia pensar um pouco maior e achar que o título é que vale! O título entra nos planos quando restam poucos jogos e ele é palpável. Devia estar nos planos logo na primeira rodada das 38 do campeonato. Como ninguém estipula a conquista do título como prioridade, o resultado fi­­nal parece mais uma obra do acaso do que um objetivo construído. Ser campeão é apenas uma consequência daquilo que os altos e baixos provocam.

Neste momento do campeonato, dizer que chegar à Libertadores é a principal meta, serve como uma ótima desculpa para perder o campeonato e causar nos torcedores a sensação de que o dever foi cumprido com esmero. Nada disso. O que vale é ser campeão. Pre­­cisamos exaltar o campeão. Er­­guê-lo no alto do pódio com destaque, porque o campeão é superior. Afinal, o que é mais importante? Ser campeão, claro.

Personagem: Renato Trombini

Preocupado com o futuro do Tricolor da Vila, o empresário está convocando os ex-presidentes do Paraná para unir forças e salvar o clube, que segundo ele está abandonado. "Temos de fazer alguma coisa. O clube está com muitas dívidas, sem dinheiro de tevê, sem renda", resume Trombini.

A frase

"Cadê aqueles 200 paranistas que estiveram naquele almoço no ano passado?", questiona Re­­nato Trombini, desabafando e pedindo apoio de ex-presidentes para salvar o Paraná.

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