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Ganhamos. A Olimpíada é nossa. Comemoração pelo Brasil afora. Vamos emendar a festa, de 2014 a 2016. Imaginem o carnaval como vai ser? Estamos prontos para mostrar ao planeta como é que se faz. Brasil, meu Brasil brasileiro... Somos a pátria mais orgulhosa do mundo. Vamos gastar mais 29 bilhões, segundo as estimativas iniciais.

Copa e Jogos Olímpicos. Os dois maiores eventos esportivos num só país, num só lugar. Vimos a comitiva nacional em Copenhague em festa. Muitos políticos e poucos esportistas. Lula, o presidente, chorou. Car­­los Artur Nuzman, presidente do COB, foi o grande vencedor. É dele a ideia, o plano estratégico. Pensou nisso em 1982, quando revolucionou o vôlei.

Mas a grande pergunta é: o Brasil está preparado para tanto? Copa e Olimpíada? Sim, o Brasil está preparado. Temos sete anos para ficarmos prontos. A Copa do Mundo nos dará experiência e a estrutura herdada dos Jogos Pan-Americanos de 2007 encurtará o caminho para 2016. Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa. Que maravilha. Pra frente Brasil, duzentos milhões em ação...

No ano que vem teremos eleições e o privilégio de organizar essas páginas da nossa história estará em jogo. Quem estiver no governo terá a incumbência de determinar o quanto será gasto e como será gasto. 29 bilhões. Além da Copa, que vai consumir quatro bilhões só na reforma dos estádios. Já temos 33 bilhões, então. Sonhar não custa nada, mas a realidade...

Parabéns ao Brasil. Parabéns aos brasileiros, esse povo incomparável. Ganhamos graças à nossa alma, garantiu nosso presidente. A alma brasileira foi levada a Copenhague e venceu as al­­mas americanas, japonesas e espanholas. Que vitória. Avante meu Brasil varonil...

Na telinha

Vimos mais políticos que esportistas falando da vitória brasileira nos programas de televisão. Política e esporte não combinam muito, mas muita gente teima em misturar. Desta vez, porém, o esporte dará uma grande chance aos políticos de realizar uma revolução social no país. O grande desafio será criar um programa olímpico que sirva para dar cidadania a milhões de excluídos que vivem no Brasil.

Personagem: Nuzman

Uma vitória pessoal do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Artur Nuzman, que luta pelo mesmo objetivo desde 1995, quando assumiu a entidade. O dirigente trabalha para trazer os Jogos para o Rio de Janeiro e apesar dos fracassos na tentativa de organizar as edições de 2004 e 2012, jamais desistiu.

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