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Aparentemente uma vitória para calar os críticos! Sim, esta foi a impressão deixada pela seleção brasileira em Santiago. Mas, na verdade, a postura ofensiva era um clamor nacional e foi atendida. Dunga finalmente encontrou harmonia entre o que ele quer e o que o povo pensa. Organizou o Brasil no ataque, marcando com eficiência.

Dunga mostrou como pode escalar um quadrado com capacidade de criar e obstruir os adversários ainda no próprio campo. Em 1974 a Holanda surpreendeu o mundo com seu carrossel, que era baseado em uma estratégia simples: marcação próxima da área adversária, movimentação e objetividade. Uma receita que não foi vencedora, mas revolucionou os sistemas táticos desde então.

Como aconteceu na Copa América, Dunga soube administrar a situação e transformou a pressão contrária em "doping emocional". Viu-se um time solidário, unido em uma causa que pode representar a sobrevivência de todos no "Escrete Nacional". Dunga sai fortalecido do Chile e, se terminar a rodada na liderança, consolida sua posição para a África do Sul 2010. Ninguém terá razões para pedir sua saída.

E, para melhorar, o "time" de Lula, a Argentina, fracassou em casa na tentativa de assumir a liderança das Eliminatórias. "O Lula e o povo brasileiro devem estar contentes!", desabafou Dunga. Talvez seja hora de mostrar grandeza para não tornar a grandeza do momento efêmera. Mágoas à parte, a razão precisa controlar as emoções do treinador! E que venha a Bolívia...

A luz no fim do túnel

Há duas opções: a saída ou a lanterna. Assim o Paraná olha o futuro. A ZR virou rotina para o Tricolor. Uma temporada após a outra e o drama segue. Falta planejamento, investimento e acima de tudo, competência. Clube formador e revelador de craques nos anos 90, o Paraná transformou-se em vitrine para empresários nas últimas temporadas. O rebaixamento à Série C será trágico, mas, acima de tudo, uma tragédia anunciada há tempos. Como evitá-la? Problema para quem criou esta situação resolver.

Personagem: Luís Fabiano

Dois gols e uma atuação para ganhar de vez a posição. Assim como no jogo contra o Uruguai, no Morumbi, ano passado, Luís Fabiano mostrou que sabe decidir, qualidade imprescindível para um "centroavante".

A frase

"Tem que respeitar a melhor seleção do mundo", escreveu Robinho no quadro dentro do vestiário do Estádio Nacional de Santiago. A mensagem era para os chilenos, que se achavam favoritos antes do confronto com o Brasil.

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