O princípio básico para uma vida pacífica é o respeito mútuo. É isso que nos falta. Não há como considerar essa questão. E quando a falta de respeito atinge o limite, causa as dores que causou após o Atletiba de domingo. O futebol deixou de ser uma forma deliciosa de lazer para se tornar válvula de escape para os mais variados tipos de recalque.

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Não basta solucionar o problema na teoria. Teremos jogos entre rivais para sempre. Não há fórmulas mágicas para a paz. Paz é um estado de espírito. Precisa habitar dentro de nós, nas nossas almas. Vivemos tempos difíceis. Temos formado cidadãos de comportamento deformado. O acesso à educação está cada vez mais restrito.

Uma sociedade que tem dificuldades para educar os seus não evolui, não cresce e não atinge a maturidade necessária para o convívio pacífico. A paz não se estabelece por meio de tratados. A verdadeira paz brota do seio de uma sociedade que vive em harmonia.

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O futebol lida com pressões. A competição é intensa. Teremos clubes rebaixados nas próximas rodadas, torcidas revoltadas e inconformadas. Este estado de espírito irá gerar violência. É previsível. Estamos vivendo um período em que pessoas acreditam que possam realizar a justiça com as próprias mãos, dando vereditos de acordo com seus conceitos individuais.

Nenhuma campanha será realmente eficaz se a nossa mentalidade não for modificada. Temos o grande desafio de encarar o futebol como entretenimento, lazer e uma maneira sadia de nos divertirmos. Nada além disso. Esque­­ce­­mos os princípios do Barão de Cou­­bertin, historiador e pedagogo fran­­cês, mentor dos Jogos Olím­­picos da Era Moderna. Todos os envolvidos no esporte precisam re­­ciclar seus conceitos sobre ga­­nhar e perder. O importante é competir!

Homem da mala

Barueri 2 x 0 Flamengo. Um resultado surpreendente pela situação dos dois times na tabela. Mais que uma discussão sobre se o Barueri ou seus jogadores devem ser punidos, há uma questão ética. Ética refere-se aos valores morais e os princípios ideais da conduta humana e indica as normas às quais devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade, entre eles, os dirigentes de futebol.

Personagem: Daiane dos Santos

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Flagrada em um antidoping reali­­za­­do em julho deste ano, a ginasta brasileira de melhor performance na história do esporte viverá o drama de diversos atletas: provar a ino­­cência. Outro dia o futebolista ita­­lia­­no Cannavaro teve a carreira ex­­­­­­­posta a um escândalo porque usou um remédio para tratar picadas de abelhas. Cautela nas conclusões!