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É mais ou menos isso que se espera dos jogadores que disputam o Cam­peonato Brasileiro. A janela está fechada até janeiro. Não há mais motivo para ansiedade, desconcentração, preocupação com o mercado internacional. Quem foi, foi! E, quem ficou terá que jogar bola.

Times se desmontaram, perderam seus craques; alguns investiram em veteranos que voltaram para engordar a conta antes de dar um basta ao futebol. A longevidade vai aumentando a cada ano no Brasil. Olhamos para os times e encontramos nos experientes a maior qualidade. Veja o caso da dupla Atletiba. Marcelinho Paraíba é o "rei" do Alto da Glória. Paulo Baier "dá as cartas" na Baixada. Ambos têm 34 anos.

A extinção da lei do passe provocou isso. Os clubes já não contam com revelações. Não conseguem mais segurar uma boa safra. Os dirigentes se rendem aos empresários e os jogadores querem ir embora logo, para fazer o pé de meia. Temos poucos jovens talentos nos campos brasileiros. Eles surgem e somem na mesma velocidade que Usain Bolt costuma percorrer os 100 metros rasos.

Acabou-se o tempo em que os clubes revelavam e desfrutavam de seus craques. Na nova relação entre clubes, jogadores e seus empresários não há como esperar pelo sucesso de todas as partes. Os clubes contam com os jogadores enquanto eles estão por aí. Amor à camisa é um privilégio de torcedores. Ídolos são coisas do passado. Não há mais caras que são a cara do time, como foram o Capitão Hidalgo, Zé Roberto e Krüeger no Coritiba ou Nilson Borges, Alfredo Gottardi, Assis e Washington no Atlético. Ou, mais recentemente Serginho, Adoílson, Saulo e João Antônio no Paraná.

Jogadores de hoje não têm compromisso com os clubes que os contratam. Usufruem da passagem e dão retorno na medida do possível. Mas, se não der, tudo bem! O que im­­porta é olhar pela "janela" e enxergar as possibilidades. Porém muitos ficaram e, agora, só lhes resta jogar...

Brasil x Argentina

Será um terror para Maradona. O Brasil vai sobrando e a Ar­­gentina jogará pelo emprego de El Pibe. Dieguito sabe que está na corda bamba. Não deverá resistir a uma derrota para o Brasil.

Personagem: Marcelinho Paraíba

Aos 34 anos e numa fase exuberante, o atacante é o fiel da ba­­lança no Coritiba. O time de­­pende dele para ter aspirações no campeonato. Saindo, o Co­­xa ficará órfão.

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