É assim: ganhou? Beleza! Perdeu? Fora! A velha máxima voltou à tona após as eliminações de Palmeiras e São Paulo na Libertadores. Os rumores pelos lados do Palestra e do Morumbi eram de queda dos treinadores. Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho são os dois maiores vencedores do futebol brasileiro atualmente, mas, mesmo assim, querem suas cabeças. Os cornetas querem.

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Observando o novo futebol brasileiro, de 2003 para cá, vemos uma mudança de perfil entre os vencedores. Os trabalhos de longo prazo estão prevalecendo. Aquela filosofia de "perdeu, troca-se o técnico" está fora de moda. Não há como construir uma equipe vencedora se não a longo prazo. Os títulos estão indo para as mãos de quem trabalha desta forma. Quem troca toda hora está, no máximo, escapando do rebaixamento.

Crise é sinônimo de oportunidade, ensinam os sábios chineses. Mano Menezes é um exemplo clássico. No ano passado, pediram sua saída após a eliminação do Corinthians no Paulistão. Mas o projeto era de longo prazo. O resultado está aí. Nada a contestar. Cruzeiro, Inter, Grêmio, São Paulo, Palmeiras e Corinthians são os times que estão vencendo no momento. Questão de filosofia.

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Técnicos permanentes

Haverá um tempo em que os treinadores ficarão dez anos no cargo. É uma tendência moderna. Não vencer a Libertadores significa incompetência? Claro que não. Ser eliminado não pode ser um motivo para demissões. Talvez para reflexões. Demissões, definitivamente, não!

A rodada

O Atlético joga na Arena e pega o Palmeiras ainda abalado, cansado e desgastado pelo jogo de quarta no Uruguai. Certamente haverá reflexos em campo. O Palmeiras será capaz de superar-se? O Atlético precisa inteligência para tirar proveito da situação.

O Coritiba joga nos Aflitos. Os cinco gols no Flamengo reanimaram o Coxa no campeonato. O Náutico faz do seu estádio um caldeirão. O calor e a umidade do ar são terríveis para quem não está acostumado a eles. Uma partida para entregar a alma ao jogo.

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Brasil x Itália

Era para decidir o grupo. Mas os italianos contrariaram a lógica e perderam para o Egito. Agora, lutarão pela sobrevivência na Copa das Confederações. Dunga deu chance a Ramires e será sensato mantê-lo no time.

Personagem: Ronaldo

O Fenômeno é mesmo um jogador diferente. Sabe decidir como poucos. Andava apagado nas últimas partidas, afastado de alguns jogos, mas na hora da decisão deu retorno ao investimento. Fez gols. Foi assim no Paulistão e está sendo assim na Copa do Brasil.