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Aliviada, a torcida coxa aplaudiu. Fim de jogo, fim do aperto, do sofrimento de precisar segurar o resultado contra um adversário bem armado e bem organizado. E a terceira vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro, permitindo uma nova recarga de ar para respirar melhor, ainda que insuficiente para se livrar do atoleiro da zona de rebaixamento.

Claro que o torcedor queria mais, pois o torcedor sempre quer mais. Só que o Coritiba estava no seu limite, não tem muito além disso a oferecer e o técnico Ney Franco tem pleno conhecimento dessas restrições. Quando saiu na frente, em belo gol de Henrique (que finalmente acertou a pontaria do ataque alviverde), passou a impressão de uma superioridade que o decorrer da partida não comprovou. Tanto que a posse de bola e as melhores articulações de jogada foram da Chapecoense, não de graça bem situada na primeira página da tabela de classificação.

E o treinador coxa, ao contrário do que a paixão da torcida desejava, tratou de prender o time, fechar o meio e apertar a marcação. Na fase atual, vencer por 1 a 0 é goleada e seus comandados, disciplinados, souberam cumprir as determinações, optando sempre pelas bolas seguras atrás, em vez de estocadas duvidosas no ataque.

O que fez a diferença no primeiro tempo, com um número superior de conclusões do Coritiba, a Chapecoense tratou de equilibrar no segundo, levando o goleiro Wilson a fazer pelo menos duas defesas difíceis e a zaga a se livrar da bola da maneira que melhor encontrava.

A torcida, que durante o jogo sempre queria mais e chegou a vaiar a equipe no segundo tempo mesmo na vitória apertada, que não deixava de ser vitória, finalmente compreendeu a luta e o objetivo do Coritiba nesse momento difícil da competição. Nada de dar espetáculo, show ou o que valha. Nem há pedigree para isso. O que importa é o básico, a vitória por si só, apertada e sofrida, mas fruto de muita dedicação e empenho a superar inevitáveis falhas técnicas de um grupo instável, mas do qual não se pode negar raça e vontade de acertar.

E todos acertaram, a vitória veio e a fuga da humilhação agora está bem mais próxima.

Derrotas

Perder para o Internacional no Beira-Rio estaria na conta. Até por isso o Atlético abriu mão de alguns de seus titulares, poupados para o jogo de meio de semana contra o Joinville, na priorizada Copa Sul-Americana. E se estava na conta, foi paga. Os colorados fizeram o placar sem maiores problemas.

Impressionante mesmo foi a partida entre Ceará e Paraná Clube, em Fortaleza. Até os instantes finais da partida, vitória paranista, de virada, por 3 a 2. Um descuido aqui e outro ali e lá se foi embora o resultado. Derrota em nova virada, para o então último colocado da Série B. Classificação complicada, namorando perigosamente com a zona do rebaixamento.

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