Reversível ou não? O futebol é mágico e registra feitos marcantes em partidas decisivas. Mas, dizem o bom senso e o histórico do esporte, que o percentual de lógica é infinitamente superior às exceções, por mais que estas não devam ser desconsideradas.
É o tal do mata-mata que forte corrente entre os desportivas brasileiros aprecia. Jogos eliminatórios permitem que uma só partida defina o futuro de dois times que em nada se equivalem tecnicamente, pelo menos em suas campanhas. Lembro-me sempre de um exemplo que está diretamente ligado ao futebol paranaense. Foi no Campeonato Brasileiro de 2002 e o Coritiba só precisava empatar em Brasília, contra o Gama, para se classificar entre os oito melhores da competição. Perdeu feio, não entrou, e permitiu ao Santos ocupar a oitava vaga. Pois os santistas foram adiante, eliminaram o melhor colocado, o São Paulo, e, degrau a degrau, chegaram à final para vencer o Corinthians. Foi aquele time que revelou Diego, Robinho, Renato & Cia e que talvez não tivesse estourado não fosse uma tarde infeliz do time coxa na capital federal.
O mata-mata da decisão paranaense já deu ao atleticano o direito de se ver com a faixa de campeão, sete anos depois. Principalmente pelo equilíbrio técnico entre as duas equipes, o que torna muito difícil ao Coritiba desconstruir a vantagem rubro-negra.
Mesmo porque construir um placar com três gols de diferença em confronto clássico pode acontecer de forma natural, como na partida da Baixada. Mas ter a obrigação de fazer valer tal contagem é muito complicado, por levar a campo uma carga de responsabilidade que não é qualquer atleta que consegue suportar.
Caso confirme o favoritismo advindo do benefício obtido no primeiro jogo, o Atlético poderá cumprir uma promessa da atual diretoria, que garantiu focar os interesses do clube para o futebol, ao contrário de outras tantas prioridades recentes. Pela primeira vez nos últimos anos foi montada uma equipe em condições de chegar ao topo do pódio e o resultado desse investimento poderá ser recompensado domingo que vem.
Claro que a torcida coxa não pode jogar a toalha antes do embate, justamente por poder se apegar às exceções nas grandes jornadas vitoriosas, embora a resignação já seja evidente. Mas, ainda que não dê, é importante ressaltar o crescimento técnico do time que começou a acertar a função de suas peças, mas que perdeu algumas fundamentais no momento contundente do campeonato, sem reposição à altura.
Entre as tantas incertezas que o futebol proporciona, para o Atletiba de domingo uma certeza predomina: será uma partida inesquecível, seja qual for o resultado.
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