Passados os compromissos pela Copa do Brasil, finalmente nossos representantes estão prontos para a largada do Campeonato Brasileiro em suas divisões principais. Curiosamente, todos no sábado, com domingueira livre pro descanso do pessoal. Pedreira maior para os dois integrantes da Série B, que foram a campo com seus titulares e enfrentaram adversários complicados no mata-mata nacional.
O Paraná Clube suou um bocado com a Chapecoense e terá outra pedreira contra o Brasil, em Pelotas. Pode, o time gaúcho, não ser um primor, foi eliminado recentemente pelo Atlético na Copa do Brasil, mas criou dificuldades. Tem um técnico há um bom tempo no comando da equipe e costuma contar com o apoio da torcida jogando em casa. Mas os tricolores de agora são diferentes daqueles de jornadas anteriores, dos times mambembes montados em cima da hora por causa da alta rotatividade de mão de obra, forçada pela falta de recursos. A base que vem do Campeonato Paranaense tem boa estrutura e, pela primeira vez nos últimos cinco anos, a torcida pode até esperar campanha mais equilibrada que as anteriores. Projetando, até, uma vaga entre os quatro melhores classificados.
O Londrina é favorito contra o CRB. Primeiro, por jogar em casa, empurrado pela torcida que está apaixonada com a fase recente da equipe (a de melhor desempenho técnico na fase inicial do campeonato estadual, travada por seis pontos perdidos no tribunal) e da conquista do troféu de Campeão do Interior, domingo passado. Como a boa base foi mantida, é de se apostar numa estreia bem sucedida na nova divisão, no reencontro com o remodelado Estádio do Café. A eliminação para o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, na terça-feira, foi uma água fria na fervura. Mas nada que não possa ser superado em campo.
Na Primeira Divisão, Atlético e Coritiba – que pouparam seus titulares nos confrontos desta quarta-feira – enfrentarão oponentes instáveis. O Palmeiras vem de eliminações críticas e ainda não se moldou aos conceitos do técnico Cuca. O Atlético vive melhor momento, embalado pela recente conquista do título estadual. E teve a semana toda para curar a ressaca dos titulares, liberados da ida ao Mato Grosso pela Copa do Brasil. Ainda não é um time de ponta para brigar na turma de cima do campeonato nacional, mas dá, sim, para investir em boa estreia.
Tanto quanto o Coritiba, que também livrou os titulares da partida de meio de semana. E que usou esses dias para recuperar o moral da tropa, que tem bom potencial, mas vem de abalo considerável por ver a festa do maior rival em sua própria casa. O problema do Coxa são os limitados recursos técnicos disponíveis. O time principal é bom, mas basta uma peça estar fora (como Juan, nas duas finais) para descarrilar toda a composição. Mas tem boas chances contra um Cruzeiro também em fase de mudança e que ainda vai precisar de um tempo para se acertar. Mas que ganhou gás ao eliminar o Londrina, na terça, sem precisar de jogo de volta.
Tudo pronto para a largada. Agora vamos até o fim do ano.