É quase uma loteria quando uma partida de futebol acontece sob intermitente chuva. Vão-se as táticas, a distribuição em campo, os dribles, as jogadas curtas, substituídos por muita raça e um cuidado mais do que especial nos elementos incorporados à nova realidade. A começar pelas poças de água.
Algumas a favor, outras contra. Umas deslizando as bolas além do que deveriam, outras prendendo a jogada de velocidade. Mas todas elas contribuindo para um placar que nem sempre é o esperado.
Não foi o caso de ontem, pois o Atlético era favorito contra o Ponte Preta. E fez o gol típico de dia chuvoso: Paulo Baier de primeira, sem deixar a bola tocar no chão. Vá lá que a poça pudesse atrapalhar. Como atrapalhou o atacante adversário no segundo tempo, impedindo uma finalização que poderia ser certeira para o empate. Poça bem treinada, diria o torcedor.
E mais pouco se pode dizer, a não ser enaltecer o empenho das duas equipes, que tentaram superar todas as dificuldades advindas do mau tempo.
O Atlético venceu mais uma, pulou para o terceiro lugar e abriu sete pontos para o quinto colocado.
Sem vitória
Um sábado quase em branco para os clubes paranaenses. Não fosse o ponto do Coritiba no Maracanã, contra o Fluminense, e nada haveria no ativo. O Coxa que voltou a mostrar boa pontaria para acertar... na trave. Depois dos três arremates contra o Goiás, mais dois no Rio, um com Vitor Júnior e outro decisivo com Gil, nos instantes finais da partida, quando a vitória poderia ter sido consolidada.
Em Florianópolis, decepção do Paraná Clube, com um time totalmente mexido pelo treinador. Certo que Dado Cavalcanti tem muito crédito, mas dessa vez ele fez tudo errado. A mudança de esquema tático não deu certo e ele insistiu em mantê-lo, deixando no banco Felipe Amorim, Paulo Sérgio e J.J. Morales, que poderiam vitaminar o ataque, pois Reinaldo não dava conta sozinho. Menos mal que os concorrentes diretos também perderam, mas nem sempre isso vai acontecer.
O adeus do piá curitibano
Perdi ontem um grande amigo. Aliás, Curitiba perdeu, pois é dele a música Piá Curitibano ("Eu conheço bem o jeito desta cidade, que é menina e usa blazer no verão..."), a que melhor retrata nossa querida cidade.
Músico, advogado, compositor, radialista (até bem pouco era o diretor geral da Rádio Educativa), Paulo Chaves foi sempre um grande parceiro. E para quem não sabe é ele o compositor da minha vinheta, aquela que marcou minha vida no rádio: "A história do jogo, como o povo quer..."
Voltei de Florianópolis só mais tarde e nem pude vê-lo. Vá em paz, querido. Toque umas músicas bem bacanas lá em cima.
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