Dividiu-se a torcida do Coritiba quanto à punição aplicada ao experiente Juan.
Por desrespeitar e ofender o técnico Pachequinho, ao ser substituído na partida contra o Atlético-MG, Juan pegou um gancho de dez dias. Suspensão mesmo, sem atividade e sem receber o correspondente a esse período.
E aí vieram as considerações, uns alegando ter sido pouco e que teria de ser mais pesada para servir de exemplo – houve até quem falasse em rescisão de contrato –, enquanto outros entenderam ter sido o clube o maior prejudicado, por não poder contar com um titular importante nos próximos compromissos.
Estou com esses últimos, mesmo porque o próprio jogador se desculpou em público, na entrevista que concedeu ontem, retratando-se com o treinador, com os companheiros e com a instituição. Poderia, até, levar uma pena pecuniária, mas jamais deixar de exercer suas atividades. Primeiro, porque realmente desfalca o time, para o qual ele tem sido importante, principalmente nas assistências. Segundo, porque esses dez dias serão bem mais, em se considerando que estará parado e perderá, certamente, a forma.
O Coritiba, a rigor, não tem outro jogador para exercer a mesma função, principalmente enquanto tem Ruy no departamento médico. A não ser que a aposta seja em Bernardo, que ainda não deu pra sentir como está. Mesmo assim, tem características distintas.
Mas, enfim, o que importa é o retorno de dias mais tranquilos ao Alto da Glória. Pelo menos é o que se imagina.
Mais um passo
É de tal forma estranho o calendário do futebol brasileiro que muita gente nem mais lembrava de o Atlético estar disputando a Copa do Brasil. O último jogo foi há um bom tempo, mas hoje tem a retomada, com a partida de ida contra a Chapecoense, na Arena da Baixada. Com direito a promoção no valor do ingresso, objetivando casa cheia em partida decisiva.
Decisiva, sim, pois jogar em Chapecó, na volta, não vai ser fácil. Por mais que os catarinenses não estejam vivendo bons momentos no Campeonato Brasileiro, escorregando na classificação. Mas, de qualquer forma, fazer o primeiro resultado é fundamental, pois joga toda a pressão para o oponente, que terá de partir da desvantagem para tentar desmontá-la.
O Atlético alterna bons e maus momentos. Sai de uma bela exibição para outra monocórdica, arrastada, de pouca inspiração. E o técnico Paulo Autuori sabe disso, tanto que falou dessa instabilidade após o empate contra o Vitória.
O time cresce quando enfrenta equipes mais poderosas – ou famosas. O que não seria o caso de hoje, positivamente.
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