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No fundo do fundo o Atlético não mereceu. Até que fez 1 a 0, dando a impressão de poder administrar o resultado contra um Santos que só cumpria tabela no campeonato brasileiro. Mas não jogou para isso, talvez ainda sentindo a ressaca da perda do título da Copa do Brasil no meio de semana. Ou talvez apenas persistindo nas atuações irregulares, que já vêm de algum tempo, umas quatro ou cinco partidas.

Em momento algum os rubro-negros não conseguiram se impor em campo. Talvez o gramado irregular tivesse prejudicado os passes longos que deram certo em outras oportunidades. Mas o gramado, seja como for, é ruim para os dois lados. E, na falta de um bom piso, houve uma continuada ação de bolas altas em direção à zaga contrária, pegando os baixinhos do time sempre em desvantagem, de costas para os fortes beques santistas. Quando acertaram Marcelo, de boa estatura, saiu o gol. E só.

Vantagem que o Atlético acumulou gordura suficiente para poder errar à vontade e se ontem perdeu a chance de classificação direta para a Copa Libertadores da América (o que a vitória consolidaria), poderá se garantir domingo que vem, até com um empate, jogando em casa, contra o Vasco da Gama. Pelo menos para consolidar a terceira colocação, pois a quarta não é certa, dependendo de a Ponte Preta não vencer a Copa Sul-Americana.

Respirando

O placar apertado pode dar outra dimensão ao jogo. Mas a vitória do Coritiba sobre o Botafogo foi segura, mesmo quando os cariocas diminuíram a diferença e ensaiaram algumas jogadas de ataque. No embalo, na vontade, nada mais do que isso.

Tcheco, o técnico interino, conseguiu alinhar o Coxa de forma interessante. Contava praticamente com dois laterais de cada lado, confundindo a marcação adversária. Pela direita, Victor Ferraz e Gil; pela esquerda, Carlinhos e Diogo, alternando posições entre a ala e a meia, principalmente com a posse de bola.

E se o Coritiba não é mais aquele time intenso, compactado, das rodadas em que passeou pela liderança do campeonato, com Tcheco pelo menos não é mais aquela equipe indolente, que aparentava não se contagiar com as ações do jogo ou com o resultado, fosse ele positivo (raro) ou negativo.

A vitória de ontem, no Alto da Glória, permitiu um pouco mais de fôlego ao grupo, agora fora da zona de rebaixamento e que vai à rodada final dependendo apenas de seu próprio esforço para não passar pela humilhação de uma nova queda.

A despedida será contra o São Paulo, fora de casa (deve ser em Itu, interior de São Paulo, por conta do mando de campo perdido pelos tricolores). Será o dia de os coxas quebrarem esse retrospecto ruim de apenas uma vitória como visitante. Isso para não depender de mais rezas e combinações.

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