Não tem jeito mesmo. Jogo entre Coritiba e Londrina não pode mesmo terminar sem uma reclamação. Dos londrinenses, principalmente, que nesses últimos anos têm acumulado reclamações de pênaltis marcados contra e outros não marcados a favor. Só que esse de ontem não foi para qualquer contestação. Germano trava a perna do Rafhael Lucas na entrada da área e o árbitro estava a poucos metros do lance. O que atrapalhou um pouco foi o voo do atacante coxa, que quis dar ênfase maior à dividida, provocando, assim, a dúvida de alguns londrinenses.
E foi o lance que decidiu a partida, pois, a rigor, houve apenas outros dois momentos agudos, com expressivas defesas dos goleiros Vaná e Vitor, uma de cada lado. De resto, muita bola dividida, muita pressão sobre a arbitragem, muita adrenalina, ingredientes que já caracterizam esse confronto entre os dois clubes. O Coritiba venceu e se aproximou do líder J. Malucelli e o placar foi justo porque foi construído assim. Ou seja: das três chances reais criadas em campo, o time soube aproveitar uma delas e se garantiu. Destaque para o goleiro Vaná, que se machucou no primeiro tempo, não quis pôr o novato Samuel na fogueira, jogou contundido e fez uma defesa decisiva nos instantes finais.
Guerreiros
Já no Alto da Glória para a transmissão de Coritiba x Londrina para o PFC, acompanhei pelo vídeo a partida do Paraná Clube em Paranaguá, contra o Rio Branco. E quando Lucas Pará deu aquela arrancada do campo de defesa, no fim do primeiro tempo, para fazer seu gol, passou a todos a certeza de que a crise política (com base financeira) do clube não está atingindo os jogadores. Pelo menos não a ponto de prejudicar o rendimento em campo. E aquele gol solitário consolidou a boa campanha da equipe, com a terceira vitória seguida, duas delas fora de casa, e dá um bom alento à torcida, que anda preocupada com o confronto entre os dirigentes enquanto o clube navega sem rumo em sua gestão administrativa.
Sinal de alerta
No sábado, outro tropeço do time titular do Atlético. Certo que o J. Malucelli é líder e faz uma ótima campanha, ainda invicta. Mas este não tem de ser o parâmetro para um time que pretende atingir patamares maiores no contexto nacional. Se na partida de estreia poderia se atribuir a derrota para o Foz à falta de melhor tempo para preparação da equipe (que chegara de viagem dias antes), agora não há mais argumentos.
E aí vem o lado positivo da situação. Tivesse esperado para constatar a carência técnica do time somente em competições nacionais, o tempo de restauração talvez não fosse suficiente.