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O Coritiba estava devendo uma atuação assim. Mesmo mantendo a invencibilidade de dois anos em jogos do Campeonato Paranaense e dividindo a liderança do segundo turno, entrou na rodada com a responsabilidade de responder às cobranças. Crescentes com o passar dos jogos e resultantes das dificuldades encontradas para fechar o placar dos confrontos mais recentes.

Vencer e convencer era a surrada combinação de verbos que vinha faltando à campanha coxa na temporada. A partir da inevitável comparação com o time do ano passado, que barbarizou no Campeonato Estadual e conquis tou o título de cabo a rabo, sem dar consideração à possibilidade de decisão extra.

Mas a vitória foi tranquila em Irati. Nem o gol de empate dos anfitriões serviu para criar um possível suspense quando o marcador chegou àquele 1 a 1. É que veio logo o segundo gol, com outros três no segundo tempo e um domínio de bola irrefutável.

Certo que o Iraty não é lá essas coisas, tem o pior time de sua história recente e é candidato ao rebaixamento. Mas o Coxa já andou se enroscando contra outros adversários também frágeis por não conseguir impor o estilo de jogo desejado. O que não foi o caso de ontem, quando passou a impressão de sempre estar querendo mais, como se o 5 a 1 não fosse suficiente. E olha que o time não tinha Rafinha, Tcheco e Willian, titulares da temporada.

O que mais chamou a atenção na goleada foi o empenho na execução de jogadas trabalhadas. Dos três gols de Lincoln, dois mereciam a assinatura conjunta de Renan Oliveira, perfeito na assistência (no primeiro, é bom que se diga, Marcel também teve participação direta, atraindo os zagueiros e deixando Lincoln desmarcado). No terceiro, teve o serviço inteligente de Anderson Aquino, que voltou bem, após longo tempo distante dos campos.

Ele havia entrado no lugar de Marcel para permitir ao técnico Marcelo Oliveira a opção de jogar sem um avante de referência lá na frente – ele vem falando disso nos últimos tempos. Deu certo. A equipe ganhou mais velocidade com a troca constante de posição entre os jogadores, confundindo os defensores contrários. A ponto de o volante Júnior Urso aparecer livre para também deixar sua marca no placar.

A goleada em Irati pode ter sido o aviso de que o Coritiba está retomando o bom caminho ante o muito que ainda há pela frente.

Cumprindo tabela

Dando-se ao luxo de poupar Deivid para a volta da Copa do Brasil, o Atlético nem precisou de muito esforço para passar pelo Rio Branco na Vila Capanema. E com direito a matar saudades de um gol de Paulo Baier, que mandou uma bola na trave, instantes antes.

Agora, pensa na volta contra o Sampaio Correia, que mostrou em São Luís não ser tão figurante quanto se esperava dele no torneio nacional.

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