Não foi ontem, mas será a qualquer momento. O Corinthians tem o melhor time do Campeonato Brasileiro, faz a melhor campanha e é justo que festeje o título com essas rodadas de antecedência. Aquele gol de Dátolo, nos instantes finais do jogo de Florianópolis, deixou tudo para depois.
O que, no fundo do fundo, vai ser bom, pois o Corinthians vai poder comemorar o título em campo, como o futebol sempre sugere. Mas é só uma questão de tempo, de um ponto que resta.
E aí, abrindo parênteses, é que está o lado justo do campeonato por pontos corridos. Nesse modelo, o melhor sempre ganha. Não é torneio eliminatório, é um campeonato de regularidade que premia quem trabalha melhor no todo da competição e não em um evento isolado.
Todos concordamos, o Corinthians sobrou. Não apenas como time, dentro de campo, mas principalmente como grupo, gravitando em torno do técnico Adenor “Tite” Bacchi. Com um trabalho de fôlego, superando revezes e conseguindo tirar o máximo de cada novo jogador apresentado para o grupo. Pode vir do Porto, do Real Madrid, do Bragantino ou do Luverdense, passa a ser jogador do Corinthians e é mais um a somar em um sistema no qual a individualidade praticamente desaparece.
Tite trabalha muito com o momento e valoriza seu atleta pelo que rende e não pelo nome que tem. Foi assim com Ralf, por exemplo, que chegou a ser convocado para a seleção brasileira, mas até semanas atrás era reserva do paranaense (de Apucarana) Bruno Henrique – que foi oferecido e desprezado pelo Coritiba quando estava no Londrina.
O Corinthians é um time maduro, de goleiro, defesa, meio de campo e ataque. Não de graça inclui quatro jogadores na seleção brasileira, o que não ocorria com um clube brasileiro desde um bom tempo. O Atlético Mineiro, que também é bom, mas um pequeno patamar abaixo, fez o que pôde, adiou a festa, mas não foi o suficiente. Espera pelo impossível. O ruim da história toda foi a impossibilidade de alteração no horário dos jogos (Estatuto do Torcedor, amarrando tudo), o que o gol de Dátolo corrigiu.
Na parte que lhe cabia, o Coritiba bem que tentou fazer a parte que lhe cabia. E estava indo muito bem, equilibrando as ações em campo, não se deixando diminuir perante o indiscutível poder técnico superior do candidato a campeão brasileiro. Mas aí veio aquele gol nos instantes finais, que só vem reforçar a máxima do futebol: a sorte ajuda os melhores e é cruel a quem não soube se preparar adequadamente.
O Coritiba de sábado não cairia. Teve personalidade suficiente para, com união e disciplina, superar os flagrantes vácuos de técnica e de criatividade. Pena que acordou muito tarde e, de agora em diante, a agonia só tende a apertar cada vez mais.
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